“Todos os centros de distribuição de ajuda estão fechados. Para vossa segurança, aconselhamos que os evitem. A data de reabertura será anunciada nesta página”, declarou a GHF em árabe nas redes sociais, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
A fundação anunciou na quinta-feira a reabertura de dois pontos de distribuição no sul do enclave, depois de ter suspendido as entregas de alimentos durante 24 horas para efetuar “melhorias de eficiência”.
Na quinta-feira à tarde, o grupo disse que distribuiu 19 camiões de ajuda no bairro de Tel al Sultan e sete no bairro de Saudi, ambos no sul da cidade de Rafah, ultrapassando 1,4 milhões de rações alimentares.
Os alimentos continuam, no entanto, a não chegar ao norte da Faixa de Gaza, onde se calcula que haja mais de um milhão de habitantes, principalmente na capital, a cidade de Gaza.
“O GHF está a trabalhar em planos operacionais para abrir pontos de distribuição adicionais, que incluirão pontos no norte de Gaza”, disse o grupo num comunicado na quinta-feira.
Nos primeiros oito dias de funcionamento do novo modelo de distribuição, que Israel propôs como única forma de impedir o Hamas de beneficiar das entregas de ajuda, cerca de uma centena de pessoas foram mortas, segundo as autoridades locais.
Várias testemunhas disseram que as mortes resultaram de fogo israelita contra os que se aproximavam dos pontos de distribuição da GHF.
O exército israelita admitiu que disparou em várias ocasiões a menos de um quilómetro do centro instalado no bairro de Tel al Sultan, depois de alguns habitantes de Gaza terem abandonado as rotas estabelecidas para chegar aos pontos.
A GHF afirmou, num comunicado separado, que não é responsável pelo que acontece fora dos centros que gere e insistiu que a zona continua a ser uma área de combates ativos.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelo ataque do grupo radical palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 55 continuam detidas em Gaza, das quais pelo menos 32 estão mortas, segundo as autoridades israelitas.
A retaliação de Israel já provocou mais de 54.300 mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
As organizações internacionais, como as Nações Unidas, têm alertado para a situação de fome que se vive em Gaza devido ao bloqueio imposto por Israel ao enclave palestiniano de mais de dois milhões de habitantes.
NR/HN/Lusa
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