Além destas, o Governo adquiriu vacinas de emergência, que devem chegar a Macau, “em princípio, até final do ano” para o “pessoal da linha da frente”, como médicos, enfermeiros e bombeiros, por estarem expostos a maiores riscos, afirmou Elsie Ao Ieong, na resposta a vários deputados, durante o debate setorial das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2021, na Assembleia Legislativa (AL).
A responsável disse que as restantes 1,4 milhões de doses, para a população em geral, devem chegar ao território “em princípio, no primeiro semestre” de 2021, sendo administradas de acordo com um calendário a divulgar posteriormente.
“Teremos um planeamento que visa, primeiro, ajudar as pessoas que precisem sair de Macau” para trabalhar ou estudar, disse a governante, que destacou na intervenção inicial o “desenvolvimento, de forma eficaz, dos trabalhos para a normalização da prevenção e controlo da epidemia.
“A Covid-19 representa uma séria ameaça à segurança da saúde pública a nível mundial, sendo que a atual situação continua a ser difícil e complexa”, afirmou Elsie Ao Ieong.
Na apresentação das LAG para 2021, o chefe do executivo de Macau afirmou que a recuperação da economia, turismo e do emprego na capital mundial do jogo só será possível com a vacina da Covid-19 e só se todos os residentes a tomarem.
“Se todos tomarem a vacina podemos ver a nossa saída, ou seja, vai haver recuperação económica”, sublinhou Ho Iat Seng.
Com a vacina aprovada e reconhecida pelo Estado chinês será possível “tirar as máscaras e permitir que todos os turistas de todo o mundo se desloquem a Macau”, acrescentou.
Macau foi dos primeiros territórios a ser atingido pela crise económica devido à pandemia, com o primeiro caso a ser registado em 22 de janeiro, e a partir daí adotou várias medidas sanitárias para controlar a propagação do vírus, como o encerramento dos casinos por 15 dias, um plano de distribuição de máscaras e um forte controlo fronteiriço.
As medidas sanitárias mostraram-se eficazes, já que Macau apenas registou 46 casos da doença e desde 26 de junho não é detetado qualquer caso, mas praticamente paralisaram a economia, quase exclusivamente dependente da indústria dos casinos e do turismo chinês.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.468.873 mortos resultantes de mais de 63,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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