Rússia poderá iniciar vacinação “em larga escala” já na próxima semana

2 de Dezembro 2020

O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu esta quarta-feira às autoridades de saúde que comecem já no final da próxima semana a vacinação contra o novo coronavírus em “larga escala” na Rússia.

“Peço que organizem o trabalho para que, no final da próxima semana, comecemos a vacinação em larga escala”, declarou, durante uma videoconferência com a vice-primeira-ministra encarregada da saúde, Tatiana Golikova, afirmando que a “indústria e as infraestruturas estão prontas”.

“Sei que mais de dois milhões de doses já foram produzidas ou serão produzidas nos próximos dias”, acrescentou o Presidente russo, especificando que os “grupos de risco, médicos e professores” serão vacinados primeiro.

A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo centro de investigação Gamaleia, em Moscovo, está atualmente na terceira e última fase de testes clínicos com 40 mil voluntários, e os cientistas que a desenvolveram afirmam que é 95% eficaz.

No final de novembro, as autoridades anunciaram que começaram a vacinar os militares russos: mais de 400 mil devem ser vacinados, incluindo 80 mil até ao final deste ano.

As vacinas, que não serão obrigatórias, serão gratuitas para os cidadãos russos, indicaram as autoridades.

A Rússia, o quarto país com mais contágios a nível mundial atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil, registou 25.345 novos casos de contágio pelo novo coronavirus nas últimas 24 horas e um novo recorde de mortes num só dia, com 589.

No total, o país contabilizou 2.347.401 infeções desde o início da pandemia e 41.053 mortes.

Se Vladimir Putin considerou recentemente a situação “preocupante”, qualquer novo confinamento nacional está, por enquanto, excluído, de modo a evitar a paralisação da economia.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.482.240 mortos resultantes de mais de 63,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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