Primeiro-ministro da Suécia diz que autoridades de saúde avaliaram mal ressurgimento do vírus

15 de Dezembro 2020

As autoridades de saúde da Suécia, que optaram por não impor um confinamento nacional em resposta à primeira onda da pandemia do novo coronavírus, avaliaram mal o poder do ressurgimento do vírus, disse esta terça-feira o primeiro-ministro do país.

“Eu penso que a maioria das pessoas da área (da saúde) não conseguiu ver o poder da tal onda, eles falaram sobre diferentes ‘clusters’”, disse o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, ao jornal Aftenposten.

Lofven, que lidera o Governo de minoria de esquerda da Suécia, fez estas declarações antes de uma comissão que examinou a forma como a Suécia lidou com a pandemia divulgar as suas conclusões preliminares.

A agência de estatísticas da Suécia disse na segunda-feira que registou um total de 8.088 mortes por diversas causas em novembro – a maior mortalidade já registada no país escandinavo desde o primeiro ano da gripe espanhola, que assolou o mundo de 1918 a 1920.

Em novembro de 1918, 16.600 pessoas morreram no país escandinavo, disse Tomas Johansson, da Statistics Sweden.

A Suécia teve até agora 320.098 infeções devido ao novo coronavírus e 7.514 mortes relacionadas, um número de mortes muito mais alto do que os vizinhos Noruega, Finlândia ou Dinamarca.

No outono, a Suécia viu um rápido aumento de novos casos do SARS-CoV-2 que sobrecarregaram o seu sistema de saúde.

As infeções espalharam-se rapidamente entre a classe médica sueca, pressionando o Governo a apoiar mais restrições, incluindo uma proibição nacional da venda de álcool após as 22:00 em bares e restaurantes.

A Suécia também impôs restrições mais rígidas, até ao momento, ao proibir reuniões públicas de mais de oito pessoas.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.612.297 mortos resultantes de mais de 72,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.649 pessoas dos 350.938 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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