“Não choveu, o que é uma boa notícia para os portugueses poderem votar. Sei que está a decorrer muito bem por todo o país o voto, com distanciamento, com respeito das regras sanitárias, com paciência das pessoas onde há filas”, afirmou, em declarações as jornalistas.
O chefe do Estado e candidato à reeleição votou cerca das 13:00, na Junta de Freguesia de Lodares, no concelho de Celorico de Basto, no distrito de Braga, onde tem raízes familiares.
Após ter votado, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a melhoria das condições meteorológicas, o que pode ser um bom indicador para as pessoas irem votar.
“O tempo, ao contrário de ontem, que prometia o pior, tem estado o muito bom. Aquilo que as pessoas têm visto nas televisões e ouvido falar nas rádios e nas redes sociais é que tem sido possível votar, desde muito cedo, e tem havido respeito de todas as regras, sem risco, sem problema”.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “as pessoas podem escolher várias horas daqui até ao encerramento das urnas” para votar, “sem nenhum problema e sem a preocupação de poder resultar aquele afluxo inesperado há uma semana”.
Questionado sobre a possibilidade de os emigrantes não poderem votar por correspondência, ao contrário de outras eleições, defendeu que essa situação deve ser alterada no futuro: “Infelizmente, para cada eleição, há um sistema de voto diferente e não é possível nas eleições presidenciais os votos por correspondência. Espero que venha a ser no futuro”.
O Presidente e recandidato ao cargo lembrou, ainda, que devido à pandemia “muitos portugueses [residentes no estrangeiro] não puderam viajar 300, 400, 500 quilómetros para irem votar, sobretudo quando a Europa está confinada e, portanto, há dificuldades adicionais de circulação”.
“Esse [voto por correspondência nas presidenciais] é um ponto a rever no futuro e com alguma urgência”, reforçou.
Sobre o resultado que ditará esta ida às urnas hoje, afirmou ter encarado “esta eleição sem nervosismo nenhum”.
“Os portugueses escolhem. Com a minha idade e depois de muitas eleições ganhas e muitas perdidas a pessoa habitua-se a tudo e está preparada para tudo”, afirmou.
Marcelo Rebelo e Sousa disse, também, ter preparado um “discurso para a derrota, um discurso para a segunda volta e um discurso para a vitória”.
A terminar, observou que respeita as posições dos portugueses, em relação a votar ou não nestas eleições.
“Respeito os que não vão votar por medo da pandemia, os que não vão votar porque não querem votar. Eu respeito todos”, afirmou, concluindo com um apelo: “Aquilo que eu apelo é que aqueles que possam votar, queiram votar, ultrapassem os receios e os medos”.
Portugal elege hoje o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.
Os sete candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
LUSA/HN
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