O documento, assinado pelo secretário da Saúde mexicano, Jorge Alcocer, considerou a iniciativa “extraordinária em matéria de salubridade”, permitindo a aquisição de vacinas pelos “governos das entidades federativas, na sua qualidade de autoridades sanitárias, assim como [pelas] pessoas físicas e morais dos setores social e privado”.
Aquelas entidades devem apresentar contratos com farmacêuticas autorizadas no México, informar o Governo sobre as doses adquiridas e utilizadas e respeitar as prioridades populacionais definidas pelo executivo federal.
O acordo, que entrou em vigor após a publicação, foi anunciado pelo responsável no país pela luta contra a pandemia, Hugo López-Gatell, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação da Covid-19.
Lopéz-Gatell participou na conferência à distância, por estar em isolamento preventivo, após ter estado em contacto com o Presidente do México, infetado com Covid-19, e defendeu que a medida pode contribuir para reforçar a vacinação no país.
O responsável alertou, no entanto, que se os esforços “não forem coordenados”, haverá “um desaproveitamento das vacinas, porque não se conseguirá um aproveitamento ótimo”.
Desde o início do plano de vacinação, em 24 de dezembro, as autoridades mexicanas já administraram 642.105 doses da vacina do laboratório Pfizer, sobretudo ao pessoal de saúde.
As autoridades mexicanas querem vacinar quase 130 milhões de habitantes com um plano já em marcha e que deverá terminar em março do próximo ano. O objetivo da primeira etapa é vacinar os trabalhadores da área da saúde e da segunda cerca de 15 milhões de idosos.
O México tem acordos para 34,4 milhões de doses da vacina da Pfizer, 77,4 milhões da britânica AstraZeneca, 35 milhões de CanSino e 34,4 milhões da plataforma Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que no domingo anunciou estar infetado com a doença, confirmou na segunda-feira que o país vai receber ainda 24 milhões de doses da fórmula russa Sputnik V.
O México registou 659 mortos devido à Covid-19 e 8.521 casos nas últimas 24 horas, contabilizando 150.273 mortos e 1.771.740 contágios desde o início da pandemia.
O país continua a ser o quarto no mundo com mais mortes por covid-19, depois dos Estados Unidos, do Brasil e da Índia, e o 13.º país do mundo em número de infetados, de acordo com a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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