Johnson & Johnson pede aprovação de vacina nos EUA

5 de Fevereiro 2021

A Johnson & Johnson pediu esta quinta-feira às autoridades sanitárias dos Estados Unidos autorização da sua vacina contra a Covid-19, e prepara-se para apresentar igual pedido aos reguladores europeus.

A vacina, que revelou nos ensaios clínicos níveis de eficácia inferiores aos das desenvolvidas pela Pfizer e Moderna, será avaliada pela Administração para a Alimentação e Medicamentos (FDA, na sigla inglesa) e por avaliadores independentes ao serviço das autoridades, podendo tornar-se na terceira vacina em utilização nos Estados Unidos e a primeira de dose única, no país com mais casos registados de Covid-19, quase 26,6 milhões.

De acordo com a empresa, em breve será apresentado um pedido semelhante junto dos reguladores europeus.

A Johnson & Johnson adianta que, assim que for concedida aprovação, terá doses de vacinas prontas para expedição, e que até junho poderá fornecer 100 milhões de doses nos Estados Unidos.

Peter Marks, responsável da FDA para a vacinação, afirmou recentemente que, na situação em que se encontra, “com tanto para fazer para controlar a pandemia”, é impossível “desperdiçar munições”.

A vacina da Johnson & Johnson revelou uma eficácia de 66% na prevenção de casos de Covid-19 moderados e severos, num estudo com 44 mil indivíduos nos Estados Unidos, América Latina e África do Sul.

Em relação aos sintomas mais graves, foi mais eficaz (85%) e, 28 dias depois da vacina, não se registou qualquer caso de hospitalização ou morte.

As vacinas Pfizer e Moderna revelaram, em ensaios clínicos em grande escala nos Estados Unidos, uma eficácia de 95% na proteção para a Covid-19 – ainda que os dados sejam anteriores à última vaga e, em particular, ao aparecimento de novas estirpes do coronavírus.

Na quarta-feira, o governo britânico defendeu que um estudo da Universidade de Oxford sobre a vacina AstraZeneca para a Covid-19 valida a decisão de retardar a segunda dose, estratégia rejeitada por países como os Estados Unidos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que mais de 10 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose de uma das várias vacinas contra a Covid-19, no Reino Unido, e que quase meio milhão de pessoas já receberam ambas as injeções.

Nos Estados Unidos, o principal perito em doenças infecciosas, Anthony Fauci, também se mostrou contra o adiamento da segunda dose da vacina.

Os Estados Unidos, adiantou, irão “seguir a ciência” e dados dos ensaios clínicos.

As duas doses das vacinas usadas nos Estados Unidos, as da Pfizer e Moderna, devem, respectivamente, ser dadas com intervalos de três e quatro semanas.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Crescer em contacto com animais reduz o risco de alergias

As crianças que crescem com animais de estimação ou em ambientes de criação de animais têm menos probabilidade de desenvolver alergias, devido ao contacto precoce com bactérias anaeróbias comuns nas mucosas do corpo humano.

Projeto IDE: Inclusão e Capacitação na Gestão da Diabetes Tipo 1 nas Escolas

A Dra. Ilka Rosa, Médica da Unidade de Saúde Pública do Baixo Vouga, apresentou o “Projeto IDE – Projeto de Inclusão da Diabetes tipo 1 na Escola” na 17ª Edição dos Prémios de Boas Práticas em Saúde. Esta iniciativa visa melhorar a integração e o acompanhamento de crianças e jovens com diabetes tipo 1 no ambiente escolar, através de formação e articulação entre profissionais de saúde, comunidade educativa e famílias

Percursos Assistenciais Integrados: Uma Revolução na Saúde do Litoral Alentejano

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano implementou um inovador projeto de percursos assistenciais integrados, visando melhorar o acompanhamento de doentes crónicos. Com recurso a tecnologia digital e equipas dedicadas, o projeto já demonstrou resultados significativos na redução de episódios de urgência e na melhoria da qualidade de vida dos utentes

MAIS LIDAS

Share This