A informação foi hoje avançada pela Vaticano News e pela agência ECCLESIA.
Numa declaração conjunta, o prefeito do Dicastério Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e o presidente da Caritas Internacional pedem o direito de vacinação para todos nesta pandemia, sobretudo os mais desfavorecidos.
Os cardeais Luis Antonio Tagle – presidente da Caritas Internacional, e Peter Turkson – prefeito do referido Dicastério Vaticano, fazem um apelo ao Conselho de Segurança da ONU para que convoque uma reunião extraordinária.
O apelo dirigido às Nações Unidas e à Comunidade Internacional propõe que a dívida dos países pobres seja revista e investida em infraestruturas de saúde pública e afirma a necessidade de proteger os que estão “mais expostos ao vírus”.
“Os pobres, as minorias, os refugiados, os marginalizados são os mais expostos ao vírus. Cuidar deles é uma prioridade moral porque abandoná-los, coloca em risco a comunidade global. O nosso bem-estar coletivo depende de como nos importamos com os últimos”, afirma um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
No documento é ainda referido que “no mundo interconectado, as vacinas devem ser disponibilizadas de forma equitativa” sendo lançado um apelo aos políticos para “olharem além dos interesses das suas nações e grupos políticos”.
“Abordar a questão das vacinas numa perspetiva de uma estratégia nacional estreita pode levar a uma falha moral no atender às necessidades dos mais vulneráveis em todo o mundo”, sublinham.
Os responsáveis sugerem ainda o envolvimento de “atores locais” no combate à pandemia, nomeadamente organizações ligadas à Igreja católica que “têm as estruturas básicas e o contato necessário com as pessoas mais vulneráveis, como migrantes, deslocados internos e marginalizados”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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