Nas previsões económicas de inverno divulgadas hoje, em Bruxelas, o executivo comunitário explica que “o crescimento do PIB em Espanha recuperou fortemente no terceiro trimestre de 2020, após a contração sem precedentes no primeiro semestre do ano”.
“A recuperação foi impulsionada principalmente pela procura interna, com um forte aumento tanto do consumo privado como do investimento”, acrescenta a Comissão Europeia.
O crescimento do produto em 2021, o maior de todos os Estados-membros, contrasta com o aumento de 3,8% previsto em média para os países pertencentes à zona euro ou o de 3,7% para os da União Europeia.
O aumento previsto para 2022 de 5,3% também é o maior entre todas as maiores economias dos 27 e apenas ultrapassado por Malta (5,4%) e Eslováquia (5,4%).
A Comissão Europeia alerta que as perspetivas a curto prazo para 2021 são “ensombradas” pelo aumento verificado das taxas de infeção de Covid-19 nas primeiras semanas do corrente ano e pelas medidas mais restritivas postas em prática pela maioria das comunidades autónomas espanholas.
Como resultado, o consumo e o investimento “deverão diminuir no primeiro trimestre antes de recuperar ligeiramente no segundo”, mas à medida que o processo de vacinação avançar e as restrições forem progressivamente levantadas, a atividade económica deverá “recuperar de forma vigorosa”, impulsionada pela retoma da procura ao longo da segunda metade de 2021.
As previsões de Bruxelas estão 1,4 pontos percentuais abaixo das do Governo espanhol, que estima um crescimento de 7% durante o corrente ano, sem ter em conta o impacto dos fundos europeus de recuperação económica, o que impulsionaria o crescimento mais dois pontos percentuais.
A atualização das previsões da Comissão Europeia também estão 0,2 pontos percentuais acima das feitas pela instituição em 05 de novembro último (5,4%).
Por outro lado, Bruxelas estima que a inflação em Espanha irá acelerar dos -0,3% verificados em 2020 para 0,8% em 2021 e 1,1% no ano seguinte, impulsionada pelo aumento dos preços ao consumidor e pelos efeitos da queda do preço do petróleo no segundo trimestre de 2020.
LUSA/HN
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