Centros comerciais pedem ao Governo apoio ao pagamento de rendas dos lojistas

12 de Fevereiro 2021

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) apresentou ao Ministério da Economia um pedido para que o Estado apoie direta e indiretamente o pagamento de rendas pelos lojistas, segundo um comunicado.

A entidade remeteu à tutela “um pedido de apoio semelhante ao praticado na grande maioria dos países europeus, em que o Estado contribui diretamente para o pagamento da renda do lojista ou indiretamente através de apoios aos lojistas dos centros comerciais”, para que “consigam fazer face aos seus custos fixos, nomeadamente as rendas, à semelhança do que existe para o comércio de rua”, lê-se na mesma nota.

A APCC apela ainda a que a restauração presente nos centros comerciais possa “realizar serviço de ‘take away’, à semelhança dos restaurantes de rua”.

A associação considera “fundamental que como condição da atribuição de apoios às rendas haja uma obrigação de manutenção de postos de trabalho e que Portugal adote critérios de atribuição de apoios, tal como é feito em praticamente todos os restantes países europeus” para “assegurar que os apoios sejam de facto destinados a quem realmente precisa”.

A APCC garante que até hoje “os centros comerciais portugueses foram os que mais apoiaram os seus lojistas em toda a Europa e que o têm feito sozinhos e sem quaisquer apoios”, salientando que, “apenas em 2020, os descontos já totalizaram mais de 600 milhões de euros o que torna a situação insustentável para as empresas de centros comerciais”.

A associação espera que sejam assim implementadas “medidas existentes para outros setores”, que eliminem o que considera ser “a discriminação a que os centros comerciais estão a ser sujeitos em Portugal”.

Na mesma nota, o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, disse que “o setor dos centros comerciais não pode continuar a ser discriminado em relação a outros setores económicos. Este é o único que tem suportado os custos da pandemia, apoiando financeiramente os lojistas, sobretudo através das rendas, sem qualquer apoio do Estado, ao contrário do que acontece com o comércio de rua”.

“Também não entendemos como é que em espaços com segurança reconhecida por várias instituições não se permite que os restaurantes possam fazer serviço de ‘take away’, ao contrário dos restaurantes de rua. Não se entende esta discriminação”, remata.

LUSA/HN

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