União Europeia atinge recorde de excesso de mortalidade mensal em novembro

17 de Fevereiro 2021

A União Europeia (UE) atingiu em novembro um novo recorde de excesso de mortalidade mensal devido à pandemia da Covid-19: 40,5% de mortes adicionais face à média mensal entre 2016 e 2019, segundo o Eurostat.

Estes dados constam da edição de fevereiro do painel de estatística com indicadores mensais e trimestrais de várias áreas estatísticas relevantes para acompanhar a recuperação económica e social da pandemia da Covid-19 na UE.

Em novembro, o excesso de mortalidade mensal chegou aos 40,5% na média da UE, batendo o anterior recorde de 25,1% registado em abril de 2020.

Segundo o gabinete estatístico europeu, o indicador de mortalidade excessiva é calculado como a diferença relativa (expressa em percentagem) do número de mortes mensais em relação à sua média para o mesmo mês durante o período 2016-2019.

Em Portugal, novembro foi também o mês com maior taxa de mortes adicionais (25,9%), depois de julho (25,3%) e abril (15,6%).

Em dezembro de 2020, a taxa recuou em Portugal para os 20,2% não havendo ainda dados para a média da UE.

Outra das consequências da pandemia em 2020 foi o recuo económico da UE, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) da médias dos 27 Estados-membros sofrido uma quebra histórica de 11,4% no segundo trimestre de 2020, face aos primeiros três meses do ano, e uma recuperação de 11,5%, tendo a economia da UE voltado a contrair-se 0,4% entre outubro e dezembro de 2020.

O PIB português, por seu lado, sofreu uma contração de 13,9% no segundo trimestre, uma recuperação de 13,3% no seguinte – com o alívio das medidas de confinamento – e um novo avanço de 0,4% nos últimos três meses do ano.

A taxa de emprego, outros dos indicadores que o painel sobre as consequências da Covid-19 contempla, recuperou no terceiro trimestre de 2020 na UE (72,4%) e em Portugal (74,3%), depois de uma quebra no período anterior (72,1% e 73,8%, respetivamente).

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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