“Há uma expectativa mais positiva relativamente ao segundo trimestre e muito mais positiva relativamente ao terceiro e quarto trimestres. Se estas expectativas de disponibilidades de vacinas se mantiverem e materializarem num futuro próximo, o período em que se pode atingir a imunidade de grupo – 70% – pode eventualmente reduzir-se relativamente ao fim do verão para passar para meados do verão, em volta de meados ou início de agosto”, disse.
Na intervenção proferida na reunião que junta epidemiologistas e especialistas em saúde pública e a classe política na sede do Infarmed, em Lisboa, o vice-almirante – que substituiu Francisco Ramos à frente da ‘taskforce’ no início deste mês – reforçou também a necessidade de recorrer a outros meios para a administração de vacinas além dos centros de saúde, algo que já havia defendido anteriormente, como a possível extensão do processo às farmácias.
“Vai haver uma concentração de vacinas já no segundo trimestre suficiente para aumentar a velocidade de vacinação para cerca de 100 mil vacinas por dia, o que fará com que se tenha de pensar em modelos alternativos aos centros de saúde nos cuidados primários para que este processo de vacinação corra sem problemas nas inoculações”, garantiu.
Gouveia e Melo foi mais longe e reiterou que com o desaparecimento do estrangulamento de disponibilidade de vacinas nesta primeira fase, a “administração de vacinas precisa de estar robusta e suficientemente apta para acompanhar” o ritmo preconizado de 100 mil inoculações diárias no país para a segunda e terceira fases.
O responsável pelo processo referiu que o país já recebeu quase um milhão de vacinas contra a covid-19 desde o final de dezembro e que já foram administradas cerca de 680 mil, sendo que para esta semana estão previstas mais 230 mil inoculações.
“Mostra uma execução muito elevada. Já temos sete por cada 100 habitantes com uma inoculação pelo menos; 4,5% da população com a primeira dose e 2,7% com a segunda dose. O plano de vacinação está a correr bem, face às disponibilidades que existem”, sentenciou.
Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
0 Comments