Os resultados da terceira ronda do estudo mostram que 43% dos casos positivos detetados na capital paulista eram assintomáticos, segundo indicou a autarquia em comunicado.
“Os dados mostram uma evolução da pandemia na cidade de São Paulo, com um aumento significativo em relação ao número de pessoas que já tiveram covid-19”, disse o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que apelou a que os cuidados para conter a propagação do vírus sejam “redobrados”.
Na primeira das quatro fases do estudo – a última ainda está em desenvolvimento – o índice de seroprevalência foi de 14,1%, face a 13,9% na segunda.
A percentagem da terceira etapa reflete os efeitos da chamada segunda vaga da pandemia, que tem provocado um agravamento dos casos e mortes em grande parte do país, principalmente na região amazónica do norte do país, onde circula uma nova estirpe, a P.1, até três vezes mais contagiosa do que a original.
O Brasil contabilizou, até o momento, 251.498 óbitos devido à Covid-19 e 10,3 milhões de casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde.
O estudo alertou também para o relaxamento das medidas de distanciamento social por parte da população local, já que um terço dos paulistas (35,9%) reconheceu que “frequentam locais” que não são essenciais.
De acordo com o relatório, que apresenta um índice de confiança de 95%, registaram-se mais casos positivos entre os indivíduos que frequentam restaurantes, ginásios e templos religiosos (17,6%) do que entre os que evitam ir a esses locais (15,1%).
“Estamos a atravessar um momento em que os números de infeção são altos e é preciso evitar deslocamentos desnecessários”, frisou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.
Diante o aumento dos casos, o Governo do estado de São Paulo decretou recolher obrigatório noturno para restringir a movimentação de pessoas e que vigorará por duas semanas a partir desta sexta-feira.
O Estado de São Paulo é ainda foco da pandemia no país, concentrando 2.014.529 casos e 58.873 vítimas mortais.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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