Citada numa nota de imprensa, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas “alertou o Governo para a necessidade urgente de combater as doenças crónicas relacionadas com a alimentação”, o que passa por uma “aposta clara na prevenção” para haver uma identificação precoce das doenças, um tratamento com maior grau de sucesso e cuidados de saúde mais eficazes.
Para essa política de saúde, “sem os nutricionistas nos locais certos, como nos centros de saúde e nos hospitais, será muito difícil conseguir inverter esta tendência”, lembrou Alexandra Bento, sublinhando o papel dos nutricionistas como profissionais indicados para combater a obesidade.
Neste Dia Mundial da Obesidade, a Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou um manual sobre a prevenção da obesidade “na barriga da mãe”, dirigido sobretudo a grávidas, no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.
A DGS chamou a atenção de que os “hábitos alimentares e o estilo de vida antes, durante a gravidez e a amamentação influenciam a saúde da criança, nomeadamente o risco de contrair doenças como a obesidade.
“Otimizar o estado nutricional precocemente e corrigir alguns comportamentos alimentações ainda antes e durante a gravidez trará benefícios a curto e a longo prazo”, sublinhou.
Disponível na internet e considerado um documento de referência para profissionais de saúde e famílias, o manual inclui as mais recentes recomendações da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos sobre os nutrientes que devem ser ingeridos durante a gravidez e lactação.
O manual contém informação sobre o ganho de peso e a ingestão de cafeína ou álcool durante a gravidez e alerta também para a obesidade na preconceção e na gravidez e os cuidados de segurança alimentar a ter durante essa fase.
A obesidade atinge 20% da população adulta portuguesa, mas metade da população tem problemas associados ao excesso de peso, motivo pelo qual 10% da despesa da saúde é utilizada no seu tratamento.
Lusa/HN
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