Governo dos Açores não vai alterar critérios devido ao “atraso” na chegada de vacinas

10 de Março 2021

O Governo dos Açores não vai alterar os critérios de prioridades na vacinação contra a Covid-19 por causa do "atraso" na chegada de vacinas ao arquipélago, afirmou esta quarta-feira o secretário Regional da Saúde.

“O que pretendemos é concluir a primeira fase do plano regional de vacinação. Estamos com alguma dificuldade, tendo em conta o atraso na chegada das vacinas aos Açores”, explicou Clélio Meneses, em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião com a nova administração da Unidade de Saúde da Ilha do Faial.

O governante lembrou que o envio de vacinas para os Açores é um processo que “não depende” da região, mas sim da Europa e do Governo da República, adiantando que não se justifica, com os meios existentes, alterar as prioridades na vacinação.

“Como ainda não há cá aquilo que era o lote de vacinas necessário para concluir a primeira fase, não poderemos avançar para outros níveis da população”, esclareceu Clélio Meneses, em reação à decisão da Direção-Geral de Saúde anunciada hoje de incluir no grupo dos prioritários da fase 1 para a vacina contra a Covid-19 as pessoas com trissomia 21, os professores e o pessoal não docente.

Para o titular da pasta da Saúde no arquipélago, a prioridade, nos Açores, continua a ser vacinar até ao final do mês de abril os idosos com mais de 75 anos, os doentes com patologias graves, os profissionais de saúde e os profissionais das forças de segurança.

Clélio Meneses disse também que a região não vai aplicar a vacina AstraZeneca aos idosos com mais de 75 anos de idade, contrariando as orientações adotadas a nível nacional, uma vez mais devido à “limitação” do número de vacinas disponíveis na região.

Também hoje, a Direção-Geral da Saúde atualizou a norma relativa à vacina da AstraZeneca, de forma a permitir a sua utilização sem reservas a partir dos 18 anos, alargando assim a possibilidade de administração desta vacina a pessoas acima dos 65 anos.

“Pelo número de vacinas que vem, não será necessário, para já, fazer este alargamento etário das vacinas Astrazeneca. O número de vacinas que tem vindo, está adequado àquilo que são as necessidades do momento”, realçou o governante.

O secretário Regional da Saúde presidiu hoje à tomada de posse do novo Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha do Faial (USIF), que será presidido por Teresa Ribeiro, atual presidente da Assembleia Municipal da Horta, eleita pelo PSD, que irá substituir no cargo Helena Reis, que tinha sido nomeada pelo anterior governo do PS.

Lusa/HN

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