OMS afirma que não há razão para não usar vacina da AstraZeneca

12 de Março 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje que “não há razão para não usar” a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, após a sua utilização ter sido suspensa em vários países europeus como medida de precaução.

“Sim, devemos continuar a utilizar a vacina da AstraZeneca. Não há razão para não a usar”, disse a porta-voz Margaret Harris, numa conferência de imprensa em Genebra.

Dinamarca, Islândia e Noruega anunciaram na quinta-feira a suspensão das injeções da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, invocando “precaução”, medida seguida já hoje, também, pela Bulgária.

A agência nacional de saúde dinamarquesa, a primeira a anunciar a decisão, invocou a precaução devido a “casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas”, embora “até ao momento” não tenha sido estabelecida qualquer ligação entre a vacina e os coágulos.

Já no início desta semana, a Áustria parou de administrar um lote de vacinas da AstraZeneca após a morte de uma enfermeira, de 49 anos, devido a “graves problemas de coagulação” alguns dias após ter sido vacinada.

O laboratório anglo-sueco e o Governo britânico reagiram na quinta-feira, defendendo que a vacina é “segura e eficaz”.

Por sua vez, a porta-voz da OMS sublinhou que os especialistas da organização estão a analisar a informação sobre a formação de coágulos sanguíneos, mas referiu que, por enquanto, não foi estabelecida qualquer relação de causa-efeito.

“Qualquer alerta de segurança deve ser alvo de investigação. Temos que assegurar que estudamos todos os alertas de segurança quando distribuímos as vacinas e temos de passar por eles, mas não existe qualquer indicação para não utilizar [as vacinas]”, frisou Harris.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.630.768 mortos no mundo, resultantes de mais de 118,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

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