“Agora que o número de infetados [por Covid-19] baixou e a pressão no hospital distrital aliviou, a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda tem de ter um plano de recuperação para doentes não covid e dar a máxima prioridade às pessoas que ficaram para trás, principalmente às que ficaram sem cirurgias, consultas e exames”, defende a distrital do PSD, presidida por Carlos Condesso.
A estrutura partidária refere em comunicado enviado à agência Lusa que “é a hora” de a ULS da Guarda “dar prioridade aos doentes não covid, porque muitos ficaram por diagnosticar desde o início da pandemia, ou seja, há mais de um ano, o que vai originar diagnósticos em estados mais avançados e, muito provavelmente, a situações já dificilmente recuperáveis, principalmente em doentes oncológicos”.
A distrital do PSD da Guarda recomenda que se constitua no hospital “uma ‘task force’ específica para avaliar as situações mais urgentes e que se crie uma ‘via verde’ para esses doentes que necessitam de tratamento urgente”.
Carlos Condesso lembra na nota que, antes do início da pandemia por Covid-19, o tempo de espera para consultas “já era lamentável e preocupante, estando ao nível de países subdesenvolvidos, como o demonstravam os 1.113 dias de espera para consulta de ortopedia na Guarda, os 609 dias das consultas prioritárias de cardiologia na Guarda e [os] 1.499 dias das consultas normais dessa especialidade”, entre outros.
Em relação aos recursos humanos, a Comissão Política Distrital do PSD pede que sejam contratados mais profissionais de saúde, “nomeadamente médicos especialistas, enfermeiros e pessoal auxiliar, porque a saúde no distrito da Guarda não pode continuar no estado lamentável e debilitado em que se encontra, prejudicando gravemente todos os cidadãos”.
A terminar, o PSD agradece “profundamente todo o trabalho e dedicação” dos profissionais de saúde que desempenham funções na área de abrangência da ULS da Guarda, sublinhando que “estiveram sempre sujeitos a uma enorme pressão, mas, ainda assim, souberam estar à altura da gravidade da situação”.
LUSA/HN
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