Reino Unido vacinou as pessoas com mais de 50 anos antes do prazo

13 de Abril 2021

O Reino Unido atingiu na segunda-feira o seu objetivo de aplicar uma primeira dose da vacina às pessoas com mais de 50 anos, previsto para meados de abril, um sucesso da campanha de vacinação britânica.

Perante o balanço sanitário mais pesado que o país apresentava em relação aos outros países da Europa Ocidental – mais de 27 mil mortos -, o governo de Boris Johnson lançou-se em uma campanha de vacinação maciça, do qual acaba de cumprir o ambicioso calendário.

Com três dias de avanço sobre o prazo de meados de abril, o objetivo de propor pelo menos uma dose da vacina a todas pessoas com mais de 50 anos, às pessoas mais vulneráveis e mais exportas, foi atingido na segunda-feira, anunciou durante a noite Downing Street.

Mais de 32 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose desde dezembro, cerca de 60% da população adulta do país, que conta 66 milhões de habitantes.

Boris Johnson saudou uma etapa “altamente significativa” e reafirmou o objetivo de propor uma primeira dose da vacina a todos os adultos até 31 de julho.

Esta evolução foi alcançada apesar das dificuldades de armazenagem e da decisão de limitar por precaução a maiores de 30 anos a vacina da AstraZeneca, que tem sido essencial no arsenal britânico, devido aos receios suscitados pelos raros casos de coágulos sanguíneos, que provocaram 19 mortos entre os 20 milhões de vacinas aplicadas no país.

Ao fim de mais de três meses de confinamento, os britânicos puderam recuperar alguma liberdade com uma nova etapa de desconfinamento progressivo.

Desde o terceiro confinamento, decretado desde o início de janeiro, que em algumas regiões como Londres começou mesmo em dezembro, que as infeções, hospitalizações e mortes estão em queda livre.

Assim, além dos bares e estabelecimentos comerciais, os britânicos podem ir a ginásios, spas, bibliotecas, piscinas e zoos e ir de feiras no país.

Mas, apesar do entusiasmo, os apelos à prudência têm-se multiplicado para evitar uma ressurgência importante das infeções, que as autoridades sanitárias consideram inevitável.

O calendário do desconfinamento, que varia nas quatro nações que constituem o Reino Unido, prevê na Inglaterra a reabertura em 17 de maio da restauração em sala, tal como hotéis, museus, salas de espetáculo e estádios de futebol, com capacidade limitada.

O Reino Unido registou na segunda-feira 3.568 casos de Covid-19, o nível diário mais alto desde início de abril, e mais do dobro do registado no domingo.

Segundo dados divulgados pelo Governo, foram registadas mais 13 mortes por covid-19, elevando a 127.100 o total desde o início da pandemia de covid-19.

O total de indivíduos vacinados contra o novo coronavírus aumentou em 69.223, para 32,191 milhões com a primeira dose.

Ainda segundo os números do Governo, 189.665 pessoas receberam ambas as doses.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.918 pessoas dos 827.765 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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