Na conferência de imprensa online que faz regularmente sobre a pandemia de Covid-19 o responsável, como tinha feito na semana passada, falou do aumento de casos explicando que o número de mortos aumentou pela quinta semana consecutiva e que há agora mais de três milhões de mortes notificadas.
“Foram precisos nove meses para atingir um milhão de mortes, quatro meses para dois milhões e três meses para atingir três milhões”, disse.
Os grandes números podem deixar as pessoas insensíveis, mas cada uma dessas mortes “é uma tragédia para famílias, comunidades e nações”, salientou.
Na conferência de imprensa de hoje, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mas também outros responsáveis da OMS, referiram que as infeções e hospitalizações de pessoas com idades entre 25 e 59 anos está a “aumentar a um ritmo alarmante”, possivelmente devido a variantes do vírus mais transmissíveis e a uma maior mistura social entre adultos mais jovens.
“Temos os instrumentos para controlar esta pandemia numa questão de meses, se os aplicarmos de forma consistente e equitativa”, advertiu.
E na semana em que se assinala o Dia da Terra, na quinta-feira, o secretário-geral acrescentou que a pandemia irá regredir, mas que depois disso permanecem outros desafios, incluindo o desafio da crise climática.
E se a Covid-19 já matou três milhões de pessoas a poluição atmosférica mata anualmente mais do dobro, sete milhões, frisou.
É certo, lembrou, que no ano passado a qualidade do ar melhorou devido às restrições nas economias impostas pela Covid-19, mas em setembro “a poluição atmosférica tinha regressado aos níveis pré-pandémicos”, e a nível mundial as emissões de dióxido de carbono diminuíram menos de 6% no ano passado.
“O argumento de saúde para a ação climática é absolutamente claro. As mesmas escolhas insustentáveis que estão a matar o nosso planeta estão a matar pessoas”, afirmou o diretor-geral, alertando que “não há uma vacina” para as alterações climáticas.
Na conferência de imprensa Tedros Adhanom Ghebreyesus falou do clima, mas também dos jovens e da forma como têm sido afetados pela pandemia (perturbações na educação por exemplo) para referir uma parceria da OMS com seis grandes organizações juvenis para formar a “Mobilização Global da Juventude”.
A iniciativa destina-se a capacitar jovens para responderem aos desafios criados pela pandemia, e a partir de hoje jovens de todo o mundo podem candidatar-se a subvenções entre 500 e cinco mil dólares para projetos locais de resposta a esses desafios.
O início da “Mobilização Global da Juventude” é marcado com uma cimeira online que decorre de sexta-feira a domingo (23 a 25 de abril), para, com decisores políticos, se discutir problemas que os jovens enfrentam em todo o mundo.
LUSA/HN
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