primeiro-ministro britânico anuncia hoje alterações “pequenas e graduais” ao regime de confinamento

10 de Maio 2020

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anuncia hoje as alterações ao regime de confinamento decretado por causa da pandemia de covid-19.

Segundo antecipou quinta-feira o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, as alterações serão pequenas e graduais.

“O primeiro-ministro vai estabelecer um roteiro e posso dizer que, quaisquer mudanças a curto prazo, vão ser pequenas, modestas, graduais e acompanhadas com muito cuidado. Por enquanto não há mudanças”, afirmou, durante a conferência de imprensa diária do governo sobre a crise.

Desde 23 de março que as pessoas só podem sair para comprar bens essenciais, como alimentos ou medicamentos, para fazer exercício uma vez por dia, para ajudar pessoas vulneráveis ou para trabalhar se não o puderem fazer de casa.

O governo estabeleceu cinco critérios para levantar as restrições, nomeadamente que os serviços de saúde não estejam sobrecarregados, que a mortalidade continue a descer e que não exista o risco de um novo pico.

Raab disse que o grupo de cientistas e especialistas que aconselham o executivo calcula que a taxa de contágio, designada por R, esteja atualmente entre 0,5 e 0,9, abaixo do nível de risco, pelo que o país “está numa posição de começar a pensar na próxima fase desta pandemia”.

Hoje, antecipou Dominic Raab, Boris Johnson vai determinar os “próximos passos” que se podem dar de “forma responsável nas próximas semanas”, mas que implicam a trabalhar e viver mantendo medidas de distanciamento social para que se evite um segundo pico de casos de contágio.

As medidas que vão ser anunciadas vão ter datas específicas para entrarem em prática, mas sujeitas a condições, acompanhadas por diretivas mais detalhadas para serem adotadas pelas pessoas, empresas e outro tipo de entidades.

Se a taxa de contágio voltar a subir, avisou, as restrições podem ser de novo apertadas, acrescentou Raab, que reconheceu a possibilidade de “diferentes partes [do Reino Unido] poderão avançar a velocidades diferentes”.

A autonomia dos governos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte implica que cada uma das regiões britânicas pode tomar as suas próprias decisões, pelo que o anúncio de Boris Johnson só se aplica imediatamente a Inglaterra.

LUSA/HN

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