Numa conferência de imprensa no Infarmed para balanço do plano de vacinação e anúncio de alguns ajustamentos, Graça Freitas sublinhou que as pessoas que recuperaram da doença “nunca foram esquecidas”, frisando que a escassez de vacinas levou as autoridades a tomar a opção de não as vacinar, até porque a infeção confere alguma imunidade.
“Foi uma opção, tendo em conta a escassez de vacinas, não administrar vacinas a pessoas já com alguma imunidade natural [da infeção] quando tínhamos população sem qualquer imunidade”, afirmou.
Adiantou ainda que após estarem vacinadas as pessoas com mais de 60 anos, o que se prevê aconteça no final de maio, serão vacinados os recuperados que tenham tido a doença há mais de seis meses, a contar da data da cura.
“Nesses seis meses há evidência científica de que a imunidade é muito boa, será até melhor do que a da própria vacina. Por isso, também apenas terão uma primeira dose, porque já tem imunidade natural e depois ser-lhes-á conferida imunidade artificial”, afirmou.
Num comunicado conjunto, a Ordem dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos defenderam hoje que estes profissionais, por estarem na linha da frente, mesmo que tenham tido a doença devem ser vacinados, pois a imunidade não permanece ao longo do tempo.
Segundo Graça Freitas, em Portugal são cerca de 900.000 as pessoas que já tiveram a doença e não foram até hoje vacinadas.
LUSA/HN
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