“Nesta última semana detetámos os primeiros cinco casos da tal variante que apelidamos como indiana, todos eles associados a Lisboa e Vale do Tejo, e que de acordo com o perfil genético que nós pudemos observar se referem a três introduções distintas desta variante no país”, disse o investigador na reunião do Infarmed, em Lisboa.
João Paulo Gomes adiantou que, quando se dirigia para a reunião do Infarmed, recebeu um telefonema dos colaboradores do Instituto Gulbenkian de Ciência a comunicar que tinham acabado de detetar mais um caso desta variante.
“Portanto, não são cinco, são seis casos nesta última semana da variante indiana”, disse o investigador, na reunião de atualização da vigilância de variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal, que junta peritos, Governo, Presidente da República e representantes dos partidos.
Segundo João Paulo Gomes, todos estes resultados são comunicados em “tempo real e atempadamente” à Direção-Geral de Saúde e às Administrações Regionais de Saúde (ARS) para que de “uma forma atempada também se proceda a um rastreio de contactos e ao bloqueio das cadeias transmissão”.
“Temos informação que isto está a ser feito de imediato como seria de esperar”, sublinhou O investigador do INSA e coordenador do estudo sobre a diversidade genética do novo coronavírus em Portugal.
A vigésima reunião de peritos ocorre na semana em que o Governo vai decidir se Portugal avança para a quarta e última fase do plano de desconfinamento, que está prevista iniciar-se a 03 de maio.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.965 pessoas dos 834.638 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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