Macau só admite discutir corredor de viagem com Hong Kong após 14 dias seguidos sem casos de Covid-19

30 de Abril 2021

O chefe do executivo de Macau afirmou esta sexta-feira que só quando a região vizinha de Hong Kong registar pelo menos 14 dias seguidos sem casos é que se pode discutir um possível corredor de viagem entre os dois territórios.

Em declarações à imprensa local chinesa, à margem da receção oferecida pela Federação das Associações dos Operários de Macau, por ocasião da celebração do Dia Internacional do Trabalhador, Ho Iat Seng reforçou que o corredor de viagem entre estas duas regiões, sem a necessidade de quarentena, depende do desenvolvimento da epidemia em Hong Kong.

Os dois territórios têm sido considerados casos de sucesso no combate à Covid-19, contudo Macau tem conseguido controlar a propagação do vírus de forma mais eficaz do que o vizinho: O território diagnosticou o primeiro caso de Covid-19 no final de janeiro de 2020, contabilizando até agora apenas 49 casos, nenhum dos quais ativo, não tendo registado nenhuma morte provocada pela Covid-19.

Já em Hong Kong foram contabilizados 11.770 casos, com 11.404 recuperados, e 209 mortos. Hoje, as autoridades de Hong Kong anunciaram mais quatro casos, dois deles locais.

Macau e Hong Kong continuam com fortes restrições fronteiriças, limitando as entradas e com obrigatoriedade de quarentenas, que podem ir de 14 a 28 dias, em locais designados pelas autoridades.

As declarações de Ho Iat Seng surgem dois dias depois de a chefe do executivo de Hong Kong ter afirmado que os dois líderes das duas regiões autónomas chinesas estavam a negociar um corredor de viagem entre estas duas regiões, sem a necessidade de quarentena.

Na assembleia legislativa de Hong Kong, Carrie Lam apontou que discutiu este tema com o chefe do executivo de Macau, Ho Iat Seng, durante o Fórum Boao, realizado na província de Hainão, no sul da China entre 18 e 21 de abril.

“O maior problema é que Macau tem a passagem fronteiriça praticamente aberta com o Interior da China”, acrescentou a chefe do executivo da antiga colónia britânica.

A responsável sublinhou ser necessário evitar que os residentes de Hong Kong possam ir ao interior da China através de Macau.

Na segunda-feira Hong Kong anunciou a abertura de uma ‘bolha’ de viagem a partir de 26 de maio com Singapura, a partir de 26 de maio, permitindo que os seus habitantes se desloquem entre as duas cidades sem se submeterem à quarentena obrigatória para combater a Covid-19.

Os dois territórios tinham anunciado anteriormente condições especiais de viagem, em novembro último, mas os planos acabaram por não se concretizar, depois de Hong Kong ter registado um aumento de infeções.

Os viajantes de Hong Kong terão de estar vacinados duas semanas antes da partida para Singapura, uma exigência que não se aplica no sentido inverso.

Os viajantes terão de ter passado os 14 dias anteriores numa das duas cidades, sendo obrigados a instalar a aplicação de rastreio de Covid-19 do destino.

Ao abrigo do acordo, a bolha de viagem será suspensa caso a média de casos locais sem identificação da origem ultrapasse os cinco, nos sete dias anteriores.

LUSA/HN

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