UE apoia com um milhão de euros combate à doença em Timor-Leste

14 de Maio 2021

A União Europeia disponibilizou um milhão de euros de financiamento em ajuda humanitária para reforçar o combate à Covid-19 em Timor-Leste, perante o aumento significativo do número de casos da pandemia no país.

Em comunicado, a delegação da UE em Díli explica que o apoio se canalizará particularmente para “reforçar a capacidade de resposta do país nas áreas mais afetadas, incluindo a capital, Díli, onde a maioria dos casos foram registados até à data”.

Citado no comunicado, Olivier Brouant, responsável pela supervisão da resposta humanitária da UE em Timor-Leste, disse que “o pessoal e as instalações de saúde em Timor-Leste estão a atingir o limite devido ao cada vez maior número de casos de coronavírus registados em todo o país”.

Por isso, disse, a UE está “rapidamente a canalizar apoio de emergência no sentido de assegurar que os sistemas de saúde do país estejam bem equipados para lidar com a pandemia”.

O financiamento da UE, canalizado através da Organização Mundial da Saúde (OMS), destina-se “às necessidades mais urgentes através de várias intervenções” incluindo o “aumento do número de instalações de isolamento para casos ligeiros e moderados e o reforço da capacidade de gestão de cuidados intensivos nos principais hospitais”.

Pretende ainda contribuir para “a melhoria dos sistemas de reencaminhamento e transporte de doentes e a formação de profissionais de saúde e de apoio” e adquirir “produtos essenciais, tais como medicamentos, sistemas de oxigénio e equipamento de proteção pessoal”.

A UE recorda que Timor-Leste reportou quase 3.500 casos entre março e 12 de maio, comparativamente aos menos de 100 entre abril de 2020 e fevereiro de 2021.

“O acentuado aumento de casos constitui uma séria ameaça ao frágil sistema de saúde do país, que rapidamente fica sobrelotado com um número reduzido de casos”, nota-se no comunicado.

Timor-Leste está a viver o pior momento da pandemia, com máximos de infeções e hospitalizações, com 1.968 ativos (novo máximo), oito óbitos (três na quinta-feira), dezenas de hospitalizações e 4.118 acumulados desde o início da pandemia.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Promessas por cumprir: continua a falta serviços de reumatologia no SNS

“É urgente que sejam cumpridas as promessas já feitas de criar Serviços de Reumatologia em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde” e “concretizar a implementação da Rede de Reumatologia no seu todo”. O alerta foi dado pela presidente da Associação Nacional de Artrite Reumatoide (A.N.D.A.R.) Arsisete Saraiva, na sessão de abertura das XXV Jornadas Científicas da ANDAR que decorreram recentemente em Lisboa.

Consignação do IRS a favor da LPCC tem impacto significativo na luta contra o cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a reforçar o apelo à consignação de 1% do IRS, através da campanha “A brincar, a brincar, pode ajudar a sério”, protagonizada pelo humorista e embaixador da instituição, Ricardo Araújo Pereira. Em 2024, o valor total consignado pelos contribuintes teve um impacto significativo no apoio prestado a doentes oncológicos e na luta contra o cancro em diversas áreas, representando cerca de 20% do orçamento da LPCC.

IQVIA e EMA unem forças para combater escassez de medicamentos na Europa

A IQVIA, um dos principais fornecedores globais de serviços de investigação clínica e inteligência em saúde, anunciou a assinatura de um contrato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para fornecer acesso às suas bases de dados proprietárias de consumo de medicamentos. 

SMZS assina acordo com SCML que prevê aumentos de 7,5%

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) assinou um acordo de empresa com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que aplica um aumento salarial de 7,5% para os médicos e aprofunda a equiparação com a carreira médica no SNS.

“O que está a destruir as equipas não aparece nos relatórios (mas devia)”

André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights