“Estamos a fazer aqui uma sementeira para o futuro e há o imperativo ético e moral e também político, da nossa parte, de olharmos para as novas gerações e saber quais os caminhos que queremos seguir para o futuro”, disse o governante madeirense.
Miguel Albuquerque falava na cerimónia de assinatura de protocolo entre o Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram), o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e a Universidade da Madeira (UMa), no Funchal, para a criação do CICDPMADEIRA, um organismo de “investigação transdisciplinar” na área das ciências da saúde.
O Centro Internacional de Investigação do Cancro e Doenças Prevalentes da Madeira vai agregar investigadores de “reconhecido mérito” no contexto regional, nacional e internacional, dedicados à investigação básica, translacional e clínica.
O primeiro polo de investigação do CICDPMADEIRA será na área da oncologia, tendo como parceiros o SESARAM, o IPATIMUP e Universidade da Madeira.
“Este protocolo tem uma grande vantagem, é que ultrapassa o quadro da minha legislatura como presidente do governo”, declarou Miguel Albuquerque, reforçando que considera muito importante que, “nas democracias, as decisões políticas ultrapassarem o quadro legislativo, ou seja, o horizonte das próximas eleições.”
O chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou ainda que a criação do Centro Internacional de Investigação do Cancro e Doenças Prevalentes assume, também, uma “função pedagógica”, no sentido de orientar a sociedade, assente em “preconceitos e discussões mentais”, para os factos.
“Um dos caminhos que a região tem de seguir é o da educação, da formação, do acesso e da difusão da ciência e da cultura, porque só assim é que teremos uma sociedade mais rica, mais avançada, mais coesa e mais equitativa”, disse.
Miguel Albuquerque salientou igualmente que “hoje é um dia muito importante para a Madeira, é um dia fundamental”, porque se iniciou mais um processo de investigação científica, de cooperação e de desenvolvimento.
Já o presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Manuel Sobrinho Simões, disse que Portugal é um “país muito assimétrico”, considerando ser necessário reforçar a aposta na saúde, na convergência dos saberes e na cultura do compromisso.
“Nós não temos tradição de compromisso, parecemos malucos. Nós precisamos de fazer compromissos e este protocolo vai permitir isto”, declarou.
LUSA/HN
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