OMS alerta para disseminação rápida de variante Delta nas pessoas não vacinadas

25 de Junho 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje para a disseminação rápida entre as pessoas não vacinadas da variante Delta, a mais transmissível das variantes do coronavírus SARS-CoV-2 identificada em 85 países.

O alerta foi deixado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da covid-19, emitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, a variante Delta, pela primeira vez diagnosticada na Índia mas em circulação em 85 países, incluindo Portugal, é a mais transmissível das variantes do novo coronavírus, que causa a doença covid-19, e “está a espalhar-se rapidamente entre as populações não vacinadas”.

Perante esta realidade, o médico etíope defendeu a urgência de se manter o uso adequado e contínuo de medidas de saúde pública e a vacinação equitativa das pessoas.

“Os vírus evoluem, mas podemos prevenir o aparecimento de variantes prevenindo a transmissão. Quanto mais transmissão, mais variantes”, acentuou.

De acordo com a OMS, a situação é particularmente crítica em África, onde houve um aumento de 50% das infeções em cinco semanas e menos de 2% da população está vacinada contra a covid-19.

A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 3.903.064 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 179.931.620 casos de infeção confirmados, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal morreram 17.081 pessoas e foram confirmados 871.483 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, tipo de vírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se propagou rapidamente pelo mundo.

Em Portugal, a variante Delta é dominante na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde aumentaram as infeções.

Na quarta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças estimou que a variante Delta representará 90% das novas infeções na Europa até final de agosto.

LUSA/HN

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