“Os resultados preliminares do mais recente lote de testes mostram um caso da variante Delta da covid-19, que foi diagnosticado num viajante que entrou no país e que estava em quarentena, no dia 22 de abril de 2021”, refere-se no boletim divulgado hoje.
“Esta pessoa permaneceu isolada e foi gerida com as devidas precauções de controlo da infeção. Não há provas, nesta fase, de outra disseminação da variante delta da covid-19 na comunidade”, sublinha-se.
A análise vai ser feita pelo Laboratório de Saúde Pública da Unidade de Diagnóstico Microbiológico do Instituto Doherty de Melbourne, que realiza sequência de genomas de micróbios desde 2015 e que tem sido essencial na resposta à Covid-19.
Regularmente amostras de testes positivos são enviados de Díli para Melbourne para que as variantes presentes no país possam ser detetadas.
Até agora e desde o início deste tipo de rastreios apenas foram detetados um caso da variante com origem no Reino Unido e agora este caso da variante Delta.
“Continua a ocorrer transmissão da variante Delta da covid-19 em muitos países em todo o mundo. Existe o risco contínuo de introdução da variante Delta na comunidade em Timor-Leste. O rastreio e os testes continuarão”, explica-se no boletim.
Recorde-se que os testes conduzidos no Laboratório Nacional de Timor-Leste aplicam a técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR, na sua sigla em inglês), que permitem detetar a presença efetiva no vírus, naquele momento, no organismo da pessoa.
Porém, estes testes apenas identificam uma pequena parte do vírus, confirmando apenas a sua presença, sendo necessário o sequenciamento genómico – que mapeia os 29.903 blocos de construção individuais do código genético do SARS-CoV-2.
O sequenciamento genómico, por outro lado, usa o RNA extraído para sintetizar o que é conhecido como “DNA complementar”, uma forma mais robusta que o RNA e que permite a sequência, processo que pode demorar, em cada amostra, entre quatro e 36 horas.
Noutros âmbitos, no boletim epidemiológico notou-se que, na última semana, até 11 de julho, continuou a cair a taxa de infeções detetadas, com os 252 casos detetados a representarem 5,5% dos 4.604 testes realizados – esse valor foi de 6,6% na semana anterior.
A taxa de incidência é atualmente de 4,8 casos por 100 mil habitantes, sendo de 10 por 100 mil em Díli, e de 8,9 por 100 mil em Baucau.
No que se refere à vacinação, até 10 de julho, Timor-Leste já recebeu quase 400 mil vacinas, cerca de 300 mil da AstraZeneca provenientes do mecanismo Covax e da Austrália e 100 mil da Sinovac, oferecidas pela China.
Na próxima semana chegam as primeiras 12 mil vacinas oferecidas por Portugal.
A nível nacional, 230.175 pessoas (30,5% da população com mais de 18 anos) já receberam a primeira dose e 31.369 pessoas (4,2%) já completaram a vacinação.
No Município de Díli, já foi administrada a primeira dose da vacina a a cerca de 58% da população com mais de 18 anos e já têm as duas doses cerca de 9%.
Timor-Leste tem atualmente 902 casos ativos em todo o país, com casos de infeção em todos os municípios menos em Liquiçá e Manufahi, com 9.823 casos e 25 mortes registadas desde o início da pandemia.
LUSA/HN
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