“De forma a possibilitar a realização de testes covid-19 por parte dos passageiros que deles necessitem para viajar nos próximos dias, a ANA – Aeroportos de Portugal solicitou aos laboratórios que alarguem o seu horário de funcionamento”, adiantou a empresa em comunicado.
Segundo a ANA, os passageiros podem, a partir das 04:00, efetuar o teste de despiste ao vírus SARS-CoV 2 no Synlab, no piso -1 do aeroporto, e na UCS – Cuidados Integrados de Saúde/TAP, junto às partidas.
“Deste modo, os passageiros que viram os seus voos cancelados durante o dia de hoje e de amanhã [domingo] podem realizar o teste PCR ou antigénio no aeroporto de Lisboa num horário mais alargado”, adiantou a ANA.
A empresa avançou ainda que, devido à greve nos serviços de `handling´ (apoio de terra à aviação) da Groundforce, foram cancelados hoje 242 voos no aeroporto de Lisboa – 107 chegadas e 135 partidas.
No aeroporto do Porto, a greve levou ao cancelamento de 18 voos (nove chegadas e nove partidas), em Faro e na Madeira foram canceladas três chegadas e três partidas em cada um dos aeroportos e no Porto Santo a paralisação obrigou a cancelamento de quatro ligações aéreas.
A empresa reiterou o apelo aos passageiros com voo marcado para hoje e domingo para que se informem sobre o estado do mesmo, antes de se deslocarem para o aeroporto.
“Apelamos aos passageiros com voos cancelados que não se dirijam ao aeroporto de Lisboa e procurem informação através de outros canais, digitais e telefónicos”, adiantou a empresa.
As companhias aéreas que utilizam o Terminal 2 do aeroporto de Lisboa e as que operam com outra empresa de assistência em escala, que não a Groundforce, mantêm a sua operação regularizada.
Hoje foi o primeiro dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, 01 e 02 de agosto, o que levou a ANA a alertar para constrangimentos nos aeroportos nacionais, cancelamentos e atrasos nos voos assistidos pela Groundforce, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
LUSA/HN
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