O encontro ocorre numa altura crucial para o país, que nos últimos anos viveu os efeitos de uma crise política e económica, o impacto da pandemia e os efeitos das cheias de abril.

Por isso, e segundo o Ministério das Finanças, os encontros previstos para esta semana, a nível bilateral e multilateral, são uma oportunidade para “analisar os desafios” atuais à agenda de desenvolvimento.

“O país está numa encruzilhada crítica e é vital que o Governo comunique a sua visão para o próximo ano aos seus parceiros de desenvolvimento, para garantir que todos estão a trabalhar na mesma direção”, sustentou o executivo.

“Avançar Além da Crise – Reconstruir Melhor para o Desenvolvimento Inclusivo e a Recuperação” é o tema geral dos encontros deste ano, com os vários países e instituições envolvidas no apoio ao desenvolvimento de Timor-Leste a apresentarem pontos da situação dos programas e projetos em curso e planeados.

Antes da reunião mais alargada, o calendário de encontros arranca, na terça-feira, com as reuniões bilaterais, lideradas pelo ministro das Finanças, Rui Gomes, e pela ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Adaljiza Magno.

Na quarta-feira está prevista uma reunião dedicada apenas ao tema de integração económica regional e na quinta um encontro sobre o processo de adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Na sexta-feira, está prevista a reunião alargada com os parceiros de desenvolvimento, com debates e apresentações sobre o processo de vacinação e a resposta à Covid-19, a recuperação depois das cheias de abril e o tema da nutrição e segurança alimentar.

A reunião é marcada pela tentativa de recuperação económica, que já tinha marcado a agenda do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2020 e 2021, mas que acabou por sofrer pelo impacto do agravamento da pandemia da Covid-19 e pelas cheias.

Durante a reunião deverá ser lançado o novo Plano Nacional de Ação para Nutrição e Segurança Alimentar.

Estão previstas, entre outras, intervenções do chefe de Estado timorense, Francisco Guterres Lú-Olo, do Governo, Taur Matan Ruak, de vários membros do executivo e do líder do maior partido do Governo, Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

LUSA/HN