Pequim restringe entradas na cidade para se proteger de surtos de Covid-19

2 de Agosto 2021

Pequim restringiu esta segunda-feira a entrada na cidade de pessoas oriundas de áreas consideradas de risco, na tentativa de proteger a capital chinesa dos surtos de coronavírus que afetam várias províncias do país asiático.

Pelo menos 27 cidades em 18 províncias chinesas registaram nos últimos dias casos de Covid-19 por transmissão local – mais de 300 infeções, no total -, o que levou as autoridades de Pequim a “limitar o fluxo de passageiros” oriundos destas áreas, noticiou o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

Os voos e comboios de longa distância com destino à capital chinesa foram cancelados, enquanto as autoridades pediram à população de Pequim que não se desloque para regiões onde há casos por transmissão local.

Para sair de Pequim, é necessário apresentar um teste de ácido nucléico feito nas 48 horas anteriores à partida.

Mais de 30 cidades emitiram avisos semelhantes, na tentativa de evitar uma disseminação massiva do vírus, já que a variante Delta, agora predominante, é altamente contagiante.

Pequim confinou seis complexos residenciais no distrito de Haidian e dois no distrito de Fangshan após confirmar três casos entre residentes que viajaram para Zhangjiajie, na província central de Hunan, cenário de um dos surtos ativos no país.

As autoridades de saúde chinesas anunciaram hoje a deteção de 98 novos casos, nas últimas 24 horas, entre os quais 55 foram por contágio local, a maioria na província de Jiangsu.

A atual vaga de infeções teve origem Aeroporto Internacional de Nanjing, a capital de Jiangsu, mas alastrou a outras províncias do país, até agora em pequena escala.

Os restantes casos locais distribuíram-se pelo município de Pequim (dois) e pelas províncias de Hunan (sete), Hubei (dois), Shandong (um), Henan (um), Hainan (um) e Yunnan (um), indicou a Comissão de Saúde da China.

Especialistas do Centro de Controlo de Doenças da China indicaram este fim de semana que as medidas preventivas tomadas pelo país ainda são “eficazes” na contenção dos surtos, apesar de a variante delta ser mais contagiante.

De acordo com a mesma fonte, a taxa de vacinação e a experiência acumulada de prevenção vão evitar um surto em larga escala em todo o país.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.220.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 197,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse, divulgado no domingo.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.369 pessoas e foram registados 970.937 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

LUSA/HN

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