Ministro da Educação diz ser “muito positiva” recomendação da DGS

11 de Agosto 2021

O ministro da Educação considerou na terça-feira “muito positiva” a recomendação da DGS para a vacinação universal das crianças entre 12 e 15 anos contra a Covid-19 e espera que seja operacionalizada “o mais rapidamente possível”.

A recomendação da Direção Geral de Saúde (DGS), ontem divulgada, “é muito positiva e esperamos que possa ser operacionalizada o mais rapidamente possível”, afirmou o ministro Tiago Brandão Rodrigues, em Beja.

Questionado pelos jornalistas, à margem da apresentação da Agenda para a Inovação das Políticas de Juventude, sobre a decisão da DGS de recomendar a vacina para os jovens entre os 12 e os 15 anos, o governante lembrou a importância da imunização contra a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

“É um ponto importante para podermos vacinar esta faixa etária, da mesma forma que já estamos a operacionalizar a vacinação dos jovens com 16 e 17 anos e de toda a população adulta”, afirmou.

Assim, vai ser possível “complementar o conjunto de barreiras que temos na nossa sociedade que nos permitem lutar contra esta pandemia”, continuou.

“A vacinação é extremamente importante e acho que isto é um fator muito positivo. Esperamos que possa acontecer o mais brevemente possível, para que também o início do ano letivo possa ser complementado com estas medidas, que nos darão ainda maior segurança”, assinalou.

Tiago Brandão Rodrigues argumentou que “as escolas foram tradicionalmente, ao longo deste tempo, lugares seguros”, não só graças ao conjunto de protocolos implementados, “relacionados com a utilização de máscara, de circuitos, da higienização dos espaços e também das mãos”, mas também da vacinação prioritária dos docentes e não docentes.

“E, agora, com a vacinação dos mais jovens, temos ainda outra camada de proteção”, sublinhou.

A DGS disse que “existem as condições” para avançar “rapidamente” com a vacinação na faixa etária entre os 12 e os 15 anos, “isto é, no final do mês de agosto [e] início do mês de setembro”, mas, ao mesmo tempo, é necessário que “a generalidade da população entenda a importância da vacinação”, alertou.

“Se nós abrirmos a vacinação para faixas etárias e depois a procura e adesão por parte da população não for total, obviamente que criamos bolhas dentro da população de não imunização através da vacinação”, o que não pode acontecer, defendeu.

Portugal é “um dos países em todo o mundo onde a vacinação é mais comum, onde o nível de penetração da vacinação é quase universal”, com as vacinas que existiam habitualmente, “e assim tem que ser também com a covid-19”, insistiu.

O ministro da Educação disse ainda esperar que seja “total” a adesão à vacinação pelas crianças, jovens e adultos pertencentes aos grupos que podem ser vacinados.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou ontem em conferência de imprensa em Lisboa que “a DGS recomenda a vacinação de todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos de idade”, sem necessidade de indicação médica.

Na cerimónia de ontem em Beja, o ministro da Educação participou na Cimeira do Futuro Associativismo e Juventude, promovida pela Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ), onde foi apresentada a Agenda para a Inovação das Políticas de Juventude.

LUSA/HN

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