O declínio da população é o maior desde que tais dados foram compilados pela primeira vez em 1961 e chega numa altura de grande tensão política.
Estimativas da população de meados de 2021 colocam a população de Hong Kong em 7.394.700, 87.100 (1,2%) abaixo do mesmo período.
Os dados no final de 2020 tinham mostrado um declínio semelhante de 1,2% da população e os números divulgados na quinta-feira indicam que a queda não foi travada.
Hong Kong tinha visto apenas um ano de declínio, de 0,2%, em 2003, o ano da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e do primeiro grande movimento pró-democracia na região administrativa especial chinesa.
A cidade está a sofrer um declínio populacional natural com mais 11.800 mortes do que nascimentos.
Contudo, a agência governamental de estatística apontou para outra fonte de declínio: a migração. Os dados mostram uma perda líquida de população através da emigração de 89.200 pessoas num ano.
Isto é quatro vezes superior aos já negativos 20.900 registados em meados de 2020.
Em contrapartida, Hong Kong tinha registado um ganho migratório líquido em 2018 e 2019 de 8.500 e 23.000 habitantes, respetivamente.
A antiga colónia britânica, que registou 212 mortos e 12.026 casos desde o início da pandemia da Covid-19, fechou as fronteiras a não-residentes.
LUSA/HN
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