De acordo com o ortopedista e vice-presidente da SPPCV, Jorge Alves, “estima-se que a escoliose afete cerca de 2% a 3% dos adolescentes, na sua maioria do sexo feminino”, defendendo, por isso, a necessidade de sensibilizar pais, avós e todas as pessoas próximas à criança para os sinais de alerta da doença.
Jorge Alves garante que “o diagnóstico precoce, permite iniciar um tratamento atempado, evitando que a progressão da patologia e a necessidade de recorrer a cirurgia”.
Relativamente aos sinais de alerta, o ortopedista identifica os “ombros e ancas com alturas diferentes, inclinação do corpo para um dos lados e inchaço nas costas quando a criança se dobra”. Jorge Alves explica que “é importante ter consciência de que, habitualmente, a escoliose não está associada a dor”, caracterizando-se por ser uma “doença silenciosa” para a qual é essencial estar atentos.
A escoliose é uma deformidade em rotação da coluna vertebral com um ângulo superior a 10 graus. Após o diagnóstico, o tratamento deve ser individualizado e deve ter em conta o risco de progressão da deformidade. O exercício e a fisioterapia não reduzem a magnitude da curva ou o risco de progressão, mas essas opções podem ser usadas como terapia coadjuvante para melhorar a postura e fortalecer os músculos.
O Mês de Consciencialização sobre Escoliose assinala-se, anualmente no mês de junho, com o objetivo de destacar a crescente necessidade de educação para a doença, contribuindo para um diagnóstico precoce e para conscientizar a população sobre a escoliose e sua prevalência na comunidade.
PR/HN/ Vaishaly Camões
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