Novos casos e infeções ativas a diminuir em cinco concelhos da AML

6 de Julho 2020

Os novos casos e as infeções ativas estão a diminuir nos cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa que inspiram mais preocupação no âmbito da pandemia da covid-19, mas não há motivo para "relaxar", afirmou esta segunda-feira o coordenador regional.

“O número de casos ativos tem diminuído. Também na Amadora há uma ligeira diminuição e no número de novos casos também tem diminuído ligeiramente na Amadora e também nos cinco concelhos”, afirmou o coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo no combate à pandemia, Duarte Cordeiro, referindo tratar-se de uma comparação entre os últimos sete dias e a semana anterior.

O também secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares falava aos jornalistas após a reunião de programação de trabalho das equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 no concelho da Amadora, distrito de Lisboa, e que decorreu no Centro de Operações Municipal Integrado.

A Área Metropolitana de Lisboa está desde 01 de julho em estado de contingência e 19 freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures continuaram em estado de calamidade. O resto do país entrou em estado de alerta naquela data, o nível mais baixo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil.

Duarte Cordeiro frisou, no entanto, que os dados apresentados “carecem sempre de alguma cautela na sua avaliação e prudência na conclusão que revelam”, sublinhando também que estes números não devem merecer “qualquer tipo de autossatisfação que signifique relaxar”.

A região de Lisboa e Vale do Tejo registou domingo 77% das novas infeções por covid-19 reportadas, com 254 dos 328 novos casos contabilizados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que não atualizou a distribuição total de casos por concelho.

Assim, de acordo com dados de sábado, os concelhos com o maior número de pessoas infetadas nesta região são os de Lisboa, com 3.645 casos; Sintra, com 2.850 casos; Loures, com 1.910 casos; Amadora, com 1.780 casos; Odivelas, com 1.183 casos; e Cascais, com 1.061 casos.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares defendeu a necessidade de continuar “o caminho” que tem sido feito, “em particular garantindo com estas medidas que a saúde pública nos vários territórios tem mais tempo e mais espaço para realizar inquéritos e isolar as situações que devem ser isoladas”.

Duarte Cordeiro lembrou ainda o trabalho das equipas multidisciplinares que estão no terreno, frisando a importância do apoio que dão às famílias que estão em confinamento “para que não lhes falte nada e para que possam cumprir, mas também explicando a todos que se não cumprirem há consequências, algumas delas que dizem respeito ao quadro contraordenacional criado”.

Nas 19 freguesias em estado de calamidade o Governo decretou o “dever cívico de recolhimento domiciliário”, ou seja, as pessoas só devem sair de casa para ir trabalhar, ir às compras, praticar desporto ou prestar auxílio a familiares. Os ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas e estão proibidos as feiras e os mercados de levante.

Por outro lado, foi reforçada a vigilância dos confinamentos obrigatórios por equipas conjuntas da Proteção Civil, Segurança Social e Saúde Comunitária.

O governante admitiu também a possibilidade de reforçar meios no terreno nos cinco concelhos mais afetados pela Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa.

“Do nosso lado, nunca vamos ter uma resposta a dizer que não se justificam medidas adicionais. Temos de avaliar os resultados para verificar se são precisas medidas adicionais”, avançou o coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo no combate à pandemia.

Em relação às equipas, Duarte Cordeiro lembrou a necessidade de haver cuidado para se garantir “que não há cansaço” e que haverá “suporte e retaguarda, e se necessário, conseguir reforçar o número de equipas”.

“Temos plena noção disso e vai ser muito da avaliação que vamos fazer da capacidade que as equipas têm de visitar todos os casos ativos, as pessoas em vigilância, os casos sinalizados como prioritários. Em função disso, vamos avaliar se é necessário criar mais equipas”, adiantou.

As seis freguesias do concelho da Amadora – Águas Livres, Alfragide, Encosta do Sol, Falagueira-Venda Nova, Mina de Água e Venteira – encontram-se ainda em estado de calamidade, assim como outras 13 freguesias de quatro outros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.

As equipas multidisciplinares existentes no concelho da Amadora estão no terreno desde o dia 20 de março, altura em que foi ativado o Plano de Emergência Municipal.

A reunião de programação de trabalho das equipas constituídas por profissionais das Unidades de Cuidados na Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora, técnicos locais da Segurança Social e da Proteção Civil e Polícia de Segurança Pública ocorre todos os dias e antecede a saída das equipas para o terreno, onde decorre a intervenção junto das populações.

Na reunião de hoje, além de Duarte Cordeiro, participaram também o coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, Rui Portugal, e a presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares.

LUSA/HN

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