“Será o desqualificar e o encerramento de serviços no Hospital dos Covões a antevisão daquilo que virá a acontecer nos HUC [Hospital da Universidade de Coimbra]? Desqualificar os Covões como primeiro passo para desqualificar os HUC?”, questionou o Sindicato Independente dos Médicos do Centro (SIM-Centro), em comunicado.
Segundo esta organização sindical, a eliminação de serviços clínicos e de camas de internamento “terá como consequência inevitável a diminuição de capacidades formativas num número significativo de especialidades médicas e na capacidade em fixar médicos na região Centro, em benefício das grandes centralidades de Lisboa e Porto”.
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é constituído pelos HUC, Hospital dos Covões, Hospital Pediátrico, duas maternidades e o Hospital Sobral Cid.
No comunicado, o SIM-Centro vinca que o “progressivo desmantelamento” dos Covões merece uma “reflexão sobre o futuro dos serviços de saúde na região Centro e Coimbra”.
O SIM-Centro refere que se tem optado por “desmantelar” os Covões e sobrecarregar os HUC, referindo que os “episódios mais recentes” passaram pelo encerramento do serviço de cardiologia, o serviço de pneumologia e ameaças ao encerramento do serviço de urgência.
No início do mês, o presidente do conselho de administração do CHUC reiterou, junto da Comissão de Saúde da Assembleia da República, que não existe nenhuma intenção de desvalorizar o Hospital Geral (Covões).
Também a ministra da Saúde reiterou que “não há decisão política” para desmantelar serviços no Hospital dos Covões.
Contudo, nos últimos tempos, têm-se somado várias iniciativas em defesa do Hospital dos Covões, assim como declarações de várias entidades a denunciar o alegado esvaziamento desta unidade do CHUC.
LUSA/HN
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