Estudo revela que maioria dos trabalhadores sente-se segura quanto à manutenção do emprego

5 de Agosto 2020

A maioria dos trabalhadores sente-se segura quanto às condições laborais, face ao impacto da pandemia de Covid-19, e acredita que o seu empregador irá manter os postos de trabalho, segundo um estudo da Universidade Europeia divulgado esta terça-feira.

O estudo “(In)segurança Laboral”, promovido pela Faculdade de Ciências Empresariais e Sociais da Universidade Europeia, foi realizado entre 22 de maio e 22 de junho e analisou as respostas de 1.519 trabalhadores.

Segundo as conclusões do estudo, “a maior parte da população inquirida sente-se segura no trabalho face à ameaça da pandemia”, tendo em conta uma média apurada de 3,80 (entre 01 e 05).

Além disso, a maioria dos inquiridos “concorda que a empresa na qual trabalha manterá todos os postos de trabalho” apresentando uma média de 3,54, e que o empregador “assegurará as condições de segurança no trabalho necessárias face às ameaças da Covid-19 (média de 4,02)”, revela.

Por outro lado, “os 1.519 inquiridos revelam alguma perceção de insegurança no trabalho” tanto face à continuidade/manutenção do emprego (segurança quantitativa) e face às condições e conteúdo do trabalho (segurança qualitativa), com médias de 2,12 e de 2,62 respetivamente.

Os participantes com menos de 25 anos são os que manifestam um nível de insegurança laboral qualitativa (média de 2,89) e quantitativa (2,73) mais elevada, assim como os trabalhadores com vínculos laborais precários que apresentam uma média de perceção de insegurança laboral qualitativa de 3,42 e quantitativa de 3,15.

As mulheres apresentam uma perceção de insegurança laboral, de natureza qualitativa, “significativamente mais elevada do que os homens”, pode ler-se no documento.

Os autores concluem ainda que “o facto de deter mais habilitações parece ter um efeito atenuador na perceção de insegurança laboral quantitativa, uma vez que os participantes no estudo com doutoramento diferem significativamente dos restantes participantes por apresentarem um valor inferior no que se refere a esta variável”, com uma média de 1,89.

Quanto ao estado civil, os participantes solteiros revelaram uma perceção de insegurança laboral, tanto qualitativa, como quantitativa mais elevada do que os restantes participantes.

Também os que não estão em teletrabalho revelam uma perceção de insegurança laboral mais alta do que os que estão em casa.

No estudo, os homens parecem crer menos que a empresa reduzirá os postos de trabalho e manifestam-se mais seguros no trabalho face à ameaça da Covid-19.

LUSA/HN

1 Comment

  1. PortugalJobs

    Outra pesquisa, desta vez realizada na Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp (Cesit – Unicamp) em parceria com outras instituicoes aponta que, durante a pandemia de covid-19 tais trabalhadores continuaram a enfrentar longas jornadas de trabalho, mas em condicoes que se tornaram piores: passaram a enfrentar um alto risco de contagio durante a rotina de trabalho, e a adotar medidas de precaucao na maioria custeadas por eles mesmos, alem de registrarem queda na remuneracao pelos servicos. O estudo foi realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Sao Paulo (Unifesp), Universidade de Juiz de Fora (UFJF), Ministerio Publico do Trabalho (MPT) e Universidade Federal do Parana. No periodo da pandemia a remuneracao sofreu uma queda geral, indica o estudo. Antes da pandemia a remuneracao era baixa, uma vez que 47,4% dos respondentes afirmaram que auferiam ate R$ 520,00 por semana. Ainda durante a pandemia, houve aumento de 100% dos que auferiam menos do que R$ 260 por semana; e, finalmente, quase 50% dos respondentes apontaram queda no bonus concedido pelas empresas detentoras de plataformas de entrega , afirma a publicacao.

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