Alemanha estende por duas semanas aviso de viagens para 160 países

26 de Agosto 2020

A Alemanha anunciou esta quarta-feira o prolongamento até 14 de setembro dos avisos de viagem que se aplicam à maioria dos países fora da União Europeu desde março, devido à pandemia de Covid-19.

O Governo “decidiu prolongar até 14 de setembro o alerta para viagens não essenciais de turistas a países fora da UE”, que deveria terminar a 31 de agosto, afirmou em conferência de imprensa o porta-voz do executivo, Ulrike Demmer.

“Todos devem perguntar se uma viagem a um território considerado de risco é essencial ou não”, disse Demmer, acrescentando que a luta contra a pandemia exige “uma certa responsabilidade” individual.

Um aviso de viagem não é uma proibição, mas pretende ter um efeito dissuasor significativo, salientou, acrescentando que apresenta também um aspeto positivo para os viajantes, permitindo que cancelem as reservas gratuitamente.

A situação “não vai relaxar o suficiente até, pelo menos, meados de setembro para se poder levantar a recomendação global de não viajar”, declarou a porta-voz adjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Andrea Sasse.

Ao mesmo tempo, destacou a dificuldade de fazer previsões a longo prazo sobre a evolução da pandemia, tendo em conta o seu dinamismo.

As recomendações relativas a viagens são emitidas independentemente da classificação dos países como áreas de risco pelo Instituto de Saúde Robert Koch. Embora existam atualmente avisos de viagens para mais de 160 países, pouco mais de 130 deles são classificados como zonas de risco.

Na prática, o aviso previne os viajantes que, ao chegarem a um país, podem ter de passar por uma quarentena mais ou menos longa, dependendo da legislação local.

No regresso à Alemanha, terão de passar por uma nova quarentena que pode ser interrompida mediante a apresentação de um teste negativo para a Covid-19 feito menos de 48 horas antes.

A Tailândia, por exemplo, está sujeita ao aviso de viagens porque ainda proíbe a entrada de turistas no país, mas já não é classificada como área de risco, devido ao baixo índice de infeção.

Para os países ou territórios classificados apenas como “zona de risco”, é a Alemanha que obriga os viajantes que regressam a uma quarentena ou a um teste negativo.

Devido ao aumento das taxas de infeção na Europa, o Governo alemão reativou os avisos de viagens em várias regiões, que incluem a Espanha – com exceção das Ilhas Canárias –, a região de Paris e o sudeste de França, a capital belga, Bruxelas, e várias regiões da Roménia, Bulgária e Croácia.

LUSA/HN

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