Estas iniciativas de António Costa foram hoje transmitidas à agência Lusa por fonte do Governo, na véspera da primeira reunião da conferência de líderes parlamentares após as férias de verão e que deverá fixar os primeiros agendamentos da nova sessão legislativa na Assembleia da República.
Segundo fonte do executivo, o primeiro-ministro “está disponível para um debate temático na Assembleia da República sobre o PRR” – plano que o Governo considera “central” para a recuperação económica e social do país após a crise pandémica da covid-19.
Para procurar um consenso o mais alargado possível em torno deste documento, António Costa recebe os partidos em São Bento nos próximos dias 21 e 22. Também no dia 22 deste mês, o líder do executivo vai discutir o plano com os parceiros sociais no Conselho Económico e Social.
Ainda de acordo com o Governo, o primeiro esboço do PPR será analisado em Conselho de Ministros no próximo dia 17, antes, portanto, da série de reuniões sobre o documento entre o primeiro-ministro e os partidos com representação parlamentar.
Em termos de calendário político, já na próxima terça-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, será feita a apresentação da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica 2020/2030” – documento do gestor e professor universitário António Costa Silva, agora já com a inclusão de parte das mais de mil propostas de contributos que recebeu ao longo do período de discussão pública, que terminou no final de agosto.
Esta “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação” está dividida em “10 eixos estratégicos: Rede de Infraestruturas indispensáveis; qualificação da população, a aceleração da transição digital, as infraestruturas digitais, a Ciência e Tecnologia; Saúde e o futuro; Estado Social; Reindustrialização do país; Reconversão industrial; Transição energética e eletrificação da economia; Coesão do território, Agricultura e Floresta; Novo paradigma para as cidades e a mobilidade; e Cultura, Serviços, Turismo e Comércio”.
Segundo o Governo, do total de 1.153 propostas recebidas até 21 de agosto, o que recebeu mais contributos foi o da “Qualificação da população, Infraestruturas digitais, Ciência e Tecnologia”, com 187 sugestões, cerca de 16%.
Os eixos referentes à rede de infraestruturas e da coesão do território receberam, respetivamente, 156 e 157 contributos, representando cada qual 14% do total.
No documento de balanço do Governo, ao qual a agência Lusa teve acesso, destacam-se ainda propostas para os eixos da reindustrialização (11%), do Estado Social (9%), e cultura e turismo (5%).
Destas propostas, o executivo refere ainda que “dois terços dos contributos tiveram origem em particulares, tendo os restantes sido enviados por instituições e empresas”.
LUSA/HN
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