“A tendência no Reino Unido está a ir na direção errada e estamos num ponto crítico da pandemia. Estamos a analisar os dados para ver como controlar a disseminação do vírus antes de um período de inverno muito complicado”, diz Whitty, de acordo com excertos divulgados antecipadamente de uma declaração pública especial que fará hoje sobre a situação.
No domingo, o Reino Unido anunciou ter registado mais 3.899 novas infeções e 18 mortes de Covid-19 nas 24 horas anteriores, isto depois de no sábado ter contabilizado 4.422 novos casos, o número mais alto desde maio.
Whitty e o assessor científico do governo britânico, Patrick Vallance, vão fazer um ponto de situação para a televisão esta manhã sem a presença do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ou de qualquer membro do governo, apesar de a imprensa britânica especular sobre uma possível intervenção de Johnson na terça-feira.
Além de ter proibido ajuntamentos de mais de seis pessoas e imposto restrições adicionais em regiões do norte e centro de Inglaterra devido a surtos localizados, no domingo o governo britânico anunciou novas sanções para quem não respeitar as regras.
As pessoas que testem positivo ou apresentem sintomas de coronavírus devem auto-isolar-se durante 14 dias, senão podem ser penalizadas com multas de entre mil libras (1.090 euros) e dez mil libras (11 mil euros), no caso de reincidência.
Para encorajar o cumprimento das regras, as pessoas com rendimentos baixos poderão receber uma ajuda de 500 libras (545 euros), caso não tenham a possibilidade de recorrerem ao teletrabalho no período de quarentena.
O Reino Unido é o país com o maior número de mortos na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, India e México.
Desde o início da pandemia Covid-19, o Reino Unido contabilizou 41.777 óbitos e 394.257 de casos de contágio confirmados.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 957.948 mortos e mais de 30,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.912 pessoas dos 68.577 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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