Em menos de duas semanas, o surto na Misericórdia de Bragança, que é maior instituição social do Nordeste Transmontano, representa um quarto do total de mortes associadas à Covid-19 no distrito de Bragança, que desde o início da pandemia contabiliza 40 óbitos.
A média de idades dos utentes que morreram é de 90 anos, sendo que o mais novo tinha 78 e os mais velhos 95 anos. Todos tinham outras doenças associadas à idade avançada, segundo os responsáveis locais.
Entre os 107 utentes atualmente com a infeção, cinco estão internados no hospital de Bragança, indicou o porta-voz e membro da direção, José Fernandes, que fez um ponto de situação ao final da manhã.
O balanço até ao momento contabiliza também 46 funcionários infetados, num total de 153 casos positivos.
A Misericórdia de Bragança continua a receber resultados de testes, nomeadamente dos segundos já realizados aos utentes que deram negativo na primeira testagem, alguns dos quais estão agora a dar positivo para a infeção.
A instituição tem várias respostas sociais num complexo no centro da cidade de Bragança, nomeadamente estruturas residenciais para idosos, unidade de cuidados continuados, infantários, escola e centro de educação especial, num edifício aparte.
O surto de coronavírus ficou, segundo a direção, circunscrito aos lares de idosos.
O número de funcionários em quarentena ou isolamento profilático obrigou a um reforço de pessoas com ajuda da Cruz vermelha Portuguesa que disponibilizou de forma contínua uma enfermeira e três auxiliares.
A Misericórdia continua a contar com o apoio de uma quipá cedida pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste de dois médicos, dois enfermeiros e um auxiliar.
O porta-voz, José Fernandes, informou hoje que a instituição vai também recrutar no mercado cinco enfermeiros e seis auxiliares.
O distrito de Bragança aproxima-se dos mil casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e regista 40 mortes associadas à covid.
LUSA/HN
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