“Foi dada a indicação à autoridade de saúde concelhia para, em articulação com o estabelecimento de ensino, suspender a atividade letiva, enquanto se procede à recolha de amostrar biológicas e à análise laboratorial e, até à obtenção de resultados, a atividade letiva irá ficar suspensa. Estamos a falar de dois a três dias no máximo para termos este melhor conhecimento da situação”, disse à agência Lusa o responsável da Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes.
Na segunda-feira, a Autoridade de Saúde dos Açores informou no seu comunicado diário que, “no âmbito da investigação epidemiológica de um caso positivo reportado no domingo, foram diagnosticados um indivíduo do sexo masculino, de 5 anos de idade, e um indivíduo do sexo feminino, de 67 anos, residentes na região, correspondentes a contactos de alto risco”.
Tiago Lopes, que é também diretor regional da Saúde, explicou que o caso positivo desta criança nesta escola do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, “é um contacto próximo de alto risco de outro caso positivo, que já havia sido identificado”.
“No entanto, dado o evoluir da situação epidemiológica em São Miguel e, em concreto no concelho de Ponta Delgada, vamos aproveitar para fazer junto desta comunidade um rastreio aleatório para testarmos alunos, funcionários e docentes deste estabelecimento de ensino e aprofundarmos mais o nosso conhecimento relativamente à situação epidemiológica da ilha e no concelho de Ponta Delgada”, adiantou.
Tiago Lopes sublinhou que “as crianças são elementos que convivem com os progenitores, convivem com outras crianças em aulas ou em atividades extracurriculares e, também, convivem muitas vezes com pessoas mais idosas”, nomeadamente avós.
“Iremos aproveitar para fazer um rastreio aleatório junto desta comunidade escolar”, frisou o responsável da Autoridade de Saúde Regional, lembrando que, no âmbito do conhecimento que existe sobre este novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19, “há uma grande percentagem de utentes portadores infetados com o novo coronavírus que estão assintomáticos”.
O objetivo do rastreio é também ver “se efetivamente há mais casos que eventualmente possam estar de forma assintomática” e possam, por essa via, “proporcionar condições para a propagação e disseminação” do vírus, explicou ainda.
LUSA/HN
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