Os testes da AstraZenecaforam interrompidos no início de setembro, enquanto os da Johnson & Johnson foram interrompidos no início da passada semana. Cada empresa teve um voluntário participante no estudo a desenvolver um problema sério de saúde, o que exigiu a revisão dos processos de segurança.
Estas duas tentativas de criar uma vacina estão entre várias candidatas ao teste final, o último passo antes de solicitarem a aprovação do regulador do setor.
Estes dois laboratórios divulgaram que tinham recebido na sexta-feira a autorização da agência federal de segurança dos alimentos e medicamentos (FDA, na sigla em Inglês) para prosseguir com os testes nos EUA.
Estas interrupções temporárias nos testes de medicamentos e vacinas são relativamente comuns. Em pesquisas com milhares de participantes, há a probabilidade de alguns ficarem doentes.
Suspender um estudo permite que os investigadores apurem se a doença é um efeito lateral ou uma coincidência.
Os testes da vacina da AstraZeneca, desenvolvida com a Universidade de Oxford, já recomeçaram no Reino Unido, Brasil, África do Sul e Japão.
O estudo da AstraZeneca envolve 30 mil pessoas nos EUA, com algumas a receberem o ensaio de vacina e outros um placebo.
Os testes foram interrompidos depois um participante britânico ter desenvolvido sintomas neurológicos severos, consistente com uma inflamação rara da espinal medula chamada mielite transversa.
A Johnson & Johnson anunciou, em comunicado, que vai reiniciar em breve o recrutamento nos EUA para o seu estudo da vacina.
Sem revelar a natureza da doença que o seu candidato desenvolveu, a empresa assegurou que “não se encontraram evidências que a candidata a vacina tenha causado o evento”.
A Johnson & Johnson acrescentou que está em negociações com outras autoridades reguladoras para retomar os ensaios em outros países.
LUSA/HN
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