Numa conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa, a governante enfatizou que a recuperação da atividade assistencial a doentes com outras patologias tinha “apenas um diferencial de 600 mil consultas entre urgentes e não urgentes em cuidados de saúde primários até setembro face ao período homólogo, num volume de 31 milhões”, mas reconheceu que o aumento exponencial de casos pode voltar a condicionar a resposta do SNS.
“O esforço de recuperação foi significativo. Nos hospitais, o cenário também foi de melhoria, mas não tão vantajoso. E tínhamos programas de recuperação da atividade assistencial com incentivos diretos aos profissionais de saúde. Mas, se isso não chegar – e admitindo que não chegue, face à desprogramação de atividade que teremos de fazer – o encaminhamento para os outros setores convencionados ocorrerá de acordo com aquilo que forem as necessidades e o interesse dos doentes”, afirmou.
Marta Temido assumiu que “o governo está a equacionar e a começar a implementar medidas em que a desprogramação da atividade assistencial possa levar a que os doentes sejam canalizados para outros setores” de atividade.
A ministra da Saúde admitiu também que o governo poderá avançar com um agravamento de medidas a nível local, à semelhança do que ocorreu para os concelhos de Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada.
“Aquilo que o governo decidiu foi adotar o estado de calamidade para poder ter o enquadramento suficiente para, em função da avaliação de risco de cada concelho ou região, poder agravar as medidas. Essa avaliação está feita e poderá haver medidas mais graves agora decretadas”, acrescentou.
Portugal já contabilizou 121.133 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.343 óbitos.
LUSA/HN
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