A Câmara de Beja decidiu manter os cemitérios que administra no concelho abertos e nos horários habituais naquele período, em que se celebram o Dia de Todos os Santos, no domingo, e o Dia de Finados, na segunda-feira, e, por isso, aumenta a afluência àqueles espaços, disse hoje à agência Lusa o presidente do município, Paulo Arsénio.
Segundo o autarca, o município tomou a decisão para “não privar as pessoas de irem aos cemitérios numa altura em que tradicionalmente se presta homenagem aos familiares falecidos”.
No entanto, devido ao “agravamento” da situação da pandemia de Covid-19, a Câmara decidiu adotar regras para acesso e permanência nos cemitérios entre sábado e segunda-feira, explicou.
Limite de duas pessoas em simultâneo por campa/jazigo, circuitos específicos de entrada e saída, obrigatório desinfetar as mãos à entrada e usar máscara no interior e permanência nos cemitérios durante “o menor tempo possível” são as regras nos cemitérios administrados pela Câmara de Beja, precisou o autarca.
No sábado e no domingo, os dias em que “é esperada uma maior afluência”, haverá um segurança à porta do Cemitério de Santa Clara, na cidade de Beja, para “evitar que as pessoas entrem sem máscara e sensibilizá-las para desinfetarem as mãos à entrada”, acrescentou.
O cemitério da aldeia de Baleizão é o único do concelho de Beja que não é administrado pelo município, mas pela Junta de Freguesia de Baleizão, que também decidiu manter o equipamento aberto no horário habitual entre sexta e segunda-feira, mas com regras.
Numa informação à população e enviada hoje à agência Lusa, a junta explica que, “tendo em conta a atual situação de calamidade, devido à pandemia de Covid-19”, a entrada no cemitério de Baleizão entre sexta e segunda-feira implica a obrigatoriedade de desinfetar as mãos à entrada e de usar máscara em todo o recinto.
Também “são proibidos ajuntamentos de mais de cinco pessoas, de acordo com as disposições nacionais” e a permanência no cemitério deverá decorrer “no menor tempo possível”, mantendo “o distanciamento físico de dois metros” entre pessoas “determinado pela Direção-Geral da Saúde” (DGS).
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o mais recente balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.428 pessoas dos 132.616 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.
LUSA/HN
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