Câmara de Lisboa vai disponibilizar máscaras a pessoas com carências socioeconómicas

29 de Outubro 2020

A Câmara de Lisboa vai disponibilizar máscaras a pessoas com carências socioeconómicas, sem-abrigo e idosos isolados, que poderão ser levantadas gratuitamente nas instalações das Juntas de Freguesia ou disponibilizadas pela Polícia Municipal.

De acordo com uma proposta apresentada pelo CDS-PP, que foi hoje aprovada em reunião privada do executivo camarário com os votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e BE e a abstenção do PCP, deverá ser criado, em colaboração com as Juntas de Freguesia, um local nas instalações de cada uma delas para “levantamento gratuito de máscaras por pessoas com carência socioeconómica”.

A par dessa medida, deverão ser disponibilizadas máscaras à Polícia Municipal de Lisboa para entrega a quem circule na via pública sem máscara e que dela necessite, nomeadamente pessoas em situação de sem-abrigo e idosos.

Na proposta é recordado que, devido à pandemia de Covid-19, além da obrigatoriedade do uso de máscara em espaços fechados, como estabelecimentos comerciais, desde quarta-feira é também obrigatória a utilização de máscaras nos espaços públicos.

Segundo dados divulgados em maio pela Escola Nacional de Saúde Pública, citados na proposta, uma em cada duas pessoas com rendimento mensal inferior a 650 euros tem dificuldade em comprar máscaras devido ao preço.

“Além destes, importa garantir o acesso gratuito a máscaras a quem, por insuficiência de rendimentos, não consegue comprá-las em farmácias e supermercados (ainda que, em muitos casos, o preço unitário das máscaras seja reduzido, é muito raro serem vendidas avulso), assim como a quem vive em situação de sem-abrigo ou de isolamento”, lê-se ainda no texto.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.428 pessoas dos 132.616 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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