Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) refere que a conclusão está num estudo que acaba de sair na revista “Microorganisms” e que analisou 27.000 genomas daquele vírus em todo o mundo.
Os coordenadores do trabalho, Teresa Rito e Pedro Soares, explicam que o vírus SARS-CoV-2 teve um epicentro na China em janeiro de 2020 e “uma só linhagem desse vírus, vinda do Leste Asiático, acabou por ter uma disseminação maciça na Europa”, tornando-se no “principal ator da propagação mundial no mês de março”.
“Essa linhagem é responsável pela grande maioria dos casos detetados globalmente e espalhou-se inclusive para a origem no Leste Asiático”, acrescenta o artigo científico.
Ou seja, sustentam, a pandemia foi alimentada principalmente pela sua expansão dentro e fora da Europa.
“Parece provável que as proibições globais de viagens na segunda quinzena de março ajudaram a diminuir o número de intercâmbios intercontinentais, especialmente da China, mas foram menos eficazes entre a Europa e a América do Norte até abril, muito depois das proibições impostas”, esclarecem os investigadores.
A equipa científica envolveu Pedro Soares, do Centro de Biologia Molecular e Ambiental e professor da Escola de Ciências da UMinho, Teresa Rito e Margarida Correia-Neves, ambas do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e professoras da Escola de Medicina da UMinho, além de Maria Pala e Martin Richards, da Universidade de Huddersfield, sendo cofinanciada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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