A concentração dos representantes dos trabalhadores junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, insere-se na Semana de Luta Nacional dos Trabalhadores da Saúde, promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) que se iniciou na segunda-feira, no Porto e que vai terminar na sexta-feira, em Lisboa, junto ao Hospital de S. José.
Em declarações à agência Lusa, José Dias, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro (STFPSCentro), disse que aquilo que está em causa é a ausência de resposta a um conjunto de reivindicações apresentadas ao Governo para a melhoria das condições de trabalho e o reforço da qualidade dos serviços prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“São necessários mais trabalhadores no SNS e melhores salários. Grande parte dos assistentes operacionais auferem o salário mínimo nacional e os assistentes técnicos recebem pouco mais do que isso. Os nossos direitos não são respeitados porque não há pessoal”, afirmou.
O sindicalista defendeu ainda mais investimento para o SNS, de modo a que este possa cumprir o seu papel com dignidade.
Após a concentração junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, os trabalhadores, dirigentes e delegados sindicais seguiram para a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), onde efetuaram a entrega de uma resolução aprovada momentos antes.
No documento a que a Lusa teve acesso, exigem do Governo o reforço do número de trabalhadores no SNS, “de forma a dar resposta às necessidades permanentes dos serviços e o fim do recurso ao trabalho precário”.
Querem ainda a reposição e a valorização das carreiras específicas da saúde, extintas em 2008 e a atribuição do suplemento de risco “a todos os trabalhadores do Serviço nacional de Saúde”.
Por último, exigem a “aplicação integral” do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos hospitais EPE e “a negociação do ACT da carreira dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de saúde e das carreiras não revistas”.
Adiantam ainda que, caso o Governo persista “em ignorar as justas reivindicações” dos trabalhadores da saúde, não excluem nenhuma forma de luta até que estas sejam satisfeitas.
LUSA/HN
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