Itália regista 636 óbitos num dia, o pior número em sete meses

12 de Novembro 2020

A Itália registou 636 óbitos associados à doença covid-19 nas últimas 24 horas, o pior número diário desde abril, divulgaram hoje as autoridades italianas, que também confirmaram o diagnóstico de 37.978 novas infeções pelo novo coronavírus.

Com a contabilização destas novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 43.589, segundo o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.

Já em relação aos contágios, e em termos totais, Itália contabiliza, até à data, 1.066.401 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus, de acordo com os dados fornecidos pelas autoridades italianas.

O registo de novos casos diários no país continua a ser elevado (o número de hoje é o segundo maior desde os quase 40 mil contágios anunciados no sábado passado), mas, segundo explicaram as autoridades italianas, a capacidade de testagem do país também tem vindo a aumentar.

Desde quarta-feira, foram realizados 234.600 testes de diagnóstico no território italiano.

Em termos dos casos positivos que estão atualmente ativos em Itália, as autoridades apontam para 635.054, dos quais a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.

Apesar desta maioria, a pressão sobre os hospitais italianos continua a crescer, com o registo de 33.043 pessoas hospitalizadas (mais 518 em relação ao dia anterior), das quais 3.170 estão em unidades de cuidados intensivos (mais 89 em comparação ao dia anterior).

As regiões que registam mais casos de infeção pelo novo coronavírus são a Lombardia (norte), o epicentro da pandemia no território italiano desde o início da crise sanitária, com 9.291 novos casos nas últimas 24 horas, seguindo-se Piemonte (norte), com 4.787 novos casos, Campânia (sul), com 4.065 novos casos, Veneto (norte, 3.564) e Lazio (centro, 2.686).

Perante estes números, o Governo italiano e as autoridades regionais reúnem-se hoje para estudar outras medidas para lidar com esta segunda vaga de casos de covid-19.

Itália, em estado de emergência desde 31 de janeiro, tem decretado um recolher noturno nacional obrigatório e várias atividades estão encerradas, como cinemas, teatros, museus, piscinas, ginásios e salas de espetáculos, para tentar travar a progressão dos contágios.

Os bares e os restaurantes também estão a fechar mais cedo.

Desde a passada sexta-feira, as regiões italianas estão divididas em três zonas – amarela, laranja e vermelha – que são definidas com base no nível de risco da pandemia. Em função da cor, são definidas mais medidas restritivas a aplicar.

A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.285.160 mortos em mais de 52,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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