Num comunicado, a ARS-N esclareceu que, desde 29 de outubro, foram registados 97 pessoas que contrairam a doença, sendo que 72 são associadas aos concelhos litorais de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
“A dispersão geográfica dos casos é compatível com uma eventual fonte ambiental sujeita aos efeitos das alterações climáticas da depressão Bárbara, que se verificou em território nacional durante o período de incubação dos referidos casos”, explica a ARS-N.
A entidade garantiu que “as Autoridades de Saúde locais estão a desenvolver a investigação epidemiológica e ambiental, de acordo com as normas e orientações da Direção-Geral da Saúde”, e que, embora ainda não tenha sido detetada a origem do surto, já foram tomadas medidas preventivas.
“Decorrente dessa investigação e como medida cautelar, a Autoridade de Saúde da ULS [Unidade Local de Saúde] de Matosinhos, procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos”, é explicado no mesmo texto.
A Autoridade Regional de Saúde do Norte garantiu, por fim, que “continuará atenta à evolução da situação e tomará as medidas adicionais que se revelem necessárias ao seu controlo”.
O surto de ‘legionella’ que está afetar os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim já causou nove mortes, sendo que 24 pessoas ainda se encontram internadas em três hospitais da região.
Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto, que se mantém com origem desconhecida.
Hoje, a Câmara de Vila do Conde garantiu que as análises feitas à rede de água pública do concelho deram negativo à presença da bactéria.
A doença do legionário, provocada pela ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
LUSA/HN
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