PR não hesitará em prolongar estado de emergência e pede contenção em dezembro

20 de Novembro 2020

O Presidente da República afirmou hoje que não hesitará em prolongar o estado de emergência o tempo que for necessário e defendeu que não se pode facilitar em dezembro para conter a epidemia de covid-19.

Em comunicado, a Longa Vida, que tinha desligado “preventivamente” as torres de refrigeração por causa de um surto de legionela, dá conta de que os “resultados que acabam de ser comunicados, esta noite, pelas autoridades de saúde à Longa Vida, indicam a presença de ‘Legionella Pneumophila’ nas torres de refrigeração do Centro de Distribuição da Longa Vida em Perafita no dia 10 de novembro”.

Contudo, a empresa de produtos lácteos diz que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu o Norte do país.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

A Longa Vida garantiu que “efetua controles regulares” às torres de refrigeração e que “sempre revelaram ausência” de legionela.

A deteção desta bactéria “não impacta a qualidade e a segurança dos produtos”, acrescenta a empresa.

De acordo com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, 85 pessoas foram diagnosticadas com a doença, desde 29 de outubro, das quais 14 permanecem internadas e nove morreram.

Como “medida cautelar” a Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração da Longa Vida e da conserveira Ramirez, ambas no concelho de Matosinhos.

A Ramirez e o centro comercial Mar Shopping, também em Matosinhos, já tinham anunciado que não tinha sido detetada a presença de legionela nas infraestruturas analisadas.

A Câmara Municipal de Matosinhos garantiu que está a “acompanhar de perto e com preocupação o desenvolvimento” do surto.

“Independentemente do concelho onde se situem as instalações, o importante é que o foco tenha sido identificado e que esta situação possa, em breve, ser ultrapassada”, explicita a autarquia.

Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.

LUSA/HN

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